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CAPITALISMO AUSTRAL
Gargalos já ameaçam a retomada
Argentina segue em recuperação e PIB cresce 10% no 1º trimestre
DA REPORTAGEM LOCAL
A Argentina viu sua economia
crescer 10% no primeiro trimestre
deste ano em comparação com o
mesmo período de 2003. O resultado foi um pouco inferior ao registrado nos últimos três meses
do ano passado, quando a economia do país cresceu 11,3%.
Embora seja positivo, o crescimento vivenciado pela Argentina
nos últimos meses preocupa o governo do país, devido a problemas de infra-estrutura, especialmente na área energética.
A Argentina começou a se recuperar de seu colapso econômico
no ano passado. Em 2002, a economia do país recuou 10,9%.
Analistas do Ministério da Economia avaliam que, se o país tivesse crescido a um ritmo um
pouco mais lento, a Argentina
não estaria enfrentando neste
momento problemas com fornecimento de eletricidade.
Uma das principais preocupações do Ministério da Economia é
com a inflação. A questão que
preocupa os técnicos do Ministério é a seguinte: se a demanda
continuar forte e a oferta for deprimida pelos problemas energéticos, os preços podem começar a
ser pressionados. O banco central
argentino projeta que a inflação
no país neste ano ficará em 4%.
Nos próximos meses, a economia argentina deve perder um
pouco de seu atual ímpeto para se
adequar às previsões do governo.
A projeção oficial é de que o país
cresça neste ano 5,5%.
O governo argentino se preocupa com o crescimento do país por
outro motivo, além da falta de investimento em infra-estrutura. É
que o ministro da Economia da
Argentina, Roberto Lavagna,
quer atrair os credores do país
(atualmente em moratória) para
fechar uma negociação por meio
da oferta de títulos atrelados ao
crescimento econômico.
Ontem o representante do Sindicato Italiano de Credores, Domenico Bacci, suspendeu a viagem que faria à Argentina para
encontrar o secretário de Finanças do país, Guillermo Nielsen.
O grupo de Bacci faz parte de
uma lista de 21 credores que o governo argentino convidou para ir
ao país discutir a situação da moratória. O governo argentino
anunciou o calote de sua dívida
externa em dezembro de 2001. A
dívida externa argentina é estimada em US$ 99,4 bilhões.
Lavagna anunciou ontem medidas para estimular o investimento
no país, dentre elas a redução do
imposto do cheque de 1,2% para
1%, que ainda deve ser aprovada.
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