São Paulo, sábado, 10 de abril de 2004

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AVIAÇÃO

Capitalização da empresa deverá contar com emissão de até US$ 200 mi em ações; família Rolim quer manter comando

TAM planeja atrair sócios estrangeiros

DA REPORTAGEM LOCAL

A TAM planeja fazer uma emissão de ações preferenciais para tentar atrair sócios estrangeiros ou nacionais para a empresa. Os valores devem variar de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões, apurou a Folha, e não devem superar esse montante, pois o atual controlador da empresa, a família Rolim, não quer perder o controle acionário do grupo com a entrada de um possível interessado.
Esse projeto de capitalização foi discutido na última reunião do Conselho de Administração da companhia, em março, e apresentado pela direção do grupo aos conselheiros. Ainda é necessário, no entanto, definir qual será o banco responsável pela operação no país e, com isso, determinar o valor dela. Na expectativa da empresa, esse processo de emissão de papéis deve ser finalizado dentro de um ano no máximo, informou ontem a TAM.
A empresa não confirmou uma informação da agência "Bloomberg", publicada na quarta-feira, a respeito de uma estratégia do grupo de vender 20% das ações em troca da entrada de um sócio.
No início de março, o presidente do grupo, Marco Bologna, havia dito que até abril pretendia encaminhar ao conselho esse projeto de capitalização, mas que isso dependia, em parte, da demanda no mercado por papéis de empresas de países emergentes.
Enquanto se discute essa questão, o plano de fusão da empresa com a Varig parou. As companhias devem apenas criar uma terceira empresa parar gerir o compartilhamento de vôos.
Na prática, esse plano de capitalização estava sendo traçado pela direção do grupo em 2001, quando Rolim Amaro ainda ocupava a cadeira de presidente do grupo. Com a morte do executivo e as seguidas mudanças na direção da TAM, o assunto perdeu prioridade. Os ataques terroristas de 11 de setembro também tiveram forte peso nessa decisão.
A recessão que atingiu as empresas aéreas descartou planos de novas parcerias e investimentos. A questão volta à ordem do dia neste ano: a TAM acredita que o mercado aéreo de viagens domésticas sofrerá expansão de 7% sobre 2003. Com os recursos que entrarem no caixa da empresa por conta dessa emissão de papéis, a TAM pretende fazer investimentos em pessoal e em tecnologia.
A TAM voltou a operar no azul, ao obter um lucro de R$ 174 milhões em 2003. Em 2002, o prejuízo atingiu R$ 605,7 milhões.
(ADRIANA MATTOS)


Com agências internacionais


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