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AMÉRICA LATINA
Resultado fica pouco abaixo da meta do FMI
Déficit argentino é de US$ 5,7 bilhões
LÉO GERCHMANN
de Buenos Aires
O déficit comercial argentino
foi de US$ 544 milhões em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem pelo governo.
O déficit em 12 meses é de US$
5,659 bilhões. O resultado quase
alcança os US$ 5,8 bilhões previstos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
O governo argentino está preocupado com o déficit do primeiro bimestre, de US$ 1,42 bilhão,
um recorde.
As exportações argentinas diminuíram 9% em fevereiro, enquanto as importações aumentaram 11%.
O ministro da Indústria e Comércio, Alieto Guadagni, não
comentou os números.
O FMI recomendou ao governo um corte de gastos e um aumento de arrecadação justamente no momento em que o presidente Carlos Menem planeja colocar em prática o Plano Laura
(construção de 10 mil quilômetros de estradas) e conceder aumentos aos professores.
As divergências entre os objetivos políticos e os compromissos
financeiros criou uma série de
atritos entre ministros, especialmente entre Erman González
(Trabalho) e Roque Fernández
(Economia).
González enviou ao Congresso
um projeto de reforma trabalhista que prevê o fim dos contratos
temporários e a reformulação
nas formas de indenização.
Fernández, o empresariado argentino e o FMI discordaram do
projeto.e provocaram um início
de crise no governo.
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