São Paulo, sexta, 10 de abril de 1998

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AMÉRICA LATINA
Resultado fica pouco abaixo da meta do FMI
Déficit argentino é de US$ 5,7 bilhões

LÉO GERCHMANN
de Buenos Aires

O déficit comercial argentino foi de US$ 544 milhões em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem pelo governo.
O déficit em 12 meses é de US$ 5,659 bilhões. O resultado quase alcança os US$ 5,8 bilhões previstos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
O governo argentino está preocupado com o déficit do primeiro bimestre, de US$ 1,42 bilhão, um recorde.
As exportações argentinas diminuíram 9% em fevereiro, enquanto as importações aumentaram 11%.
O ministro da Indústria e Comércio, Alieto Guadagni, não comentou os números.
O FMI recomendou ao governo um corte de gastos e um aumento de arrecadação justamente no momento em que o presidente Carlos Menem planeja colocar em prática o Plano Laura (construção de 10 mil quilômetros de estradas) e conceder aumentos aos professores.
As divergências entre os objetivos políticos e os compromissos financeiros criou uma série de atritos entre ministros, especialmente entre Erman González (Trabalho) e Roque Fernández (Economia).
González enviou ao Congresso um projeto de reforma trabalhista que prevê o fim dos contratos temporários e a reformulação nas formas de indenização.
Fernández, o empresariado argentino e o FMI discordaram do projeto.e provocaram um início de crise no governo.



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