São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 2000 |
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PANORÂMICA COMÉRCIO Varejo não acompanha a indústria O aumento na produção industrial brasileira não tem se refletido em uma elevação de vendas no varejo na mesma velocidade. Empresários do setor de comércio, reunidos na maior feira do segmento, em Chicago, disseram ontem que há uma tendência de recuperação, mas num ritmo bem inferior ao verificado pela indústria agora -a produção industrial cresceu 8% no primeiro trimestre. Pesquisa mensal da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados), com cem redes de supermercado -que representam 70% do faturamento do ramo-, mostra que a maioria tem apresentado resultados negativos nos primeiros meses do ano. A expectativa é que as redes aumentem em 3% sua receita em 2000. Até o mês de abril a queda nas vendas foi de 0,8%, segundo informações apresentadas pela Abras. "Estamos passando por um processo mais demorado de recuperação", diz José Humberto de Araújo, presidente da Abras. "As redes que conseguem faturar mais incluem em suas contas o desempenho das novas aquisições, o que não reflete num crescimento real do mercado." Para José Yamada, da rede Yamada, com 29 lojas e faturamento de R$ 150 milhões por ano, o comércio só irá perceber essa retomada da indústria "se ela for contínua". Segundo ele, "fevereiro e março não foram meses muito bons e a situação só mudou um pouco em abril". Dona de uma receita anual de R$ 520 milhões, a rede G. Barbosa espera que, no máximo, o crescimento das vendas da empresa será de 4%.""Teremos um crescimento real que no ano passado foi difícil de obter", avalia Carlos Vasconcelos, diretor administrativo da cadeia. (ADRIANA MATTOS) Texto Anterior: Presidente da Transbrasil pede demissão do cargo Próximo Texto: IGP-DI continua em queda e fecha abril em 0,13% Índice |
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