São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 2000


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Presidente da Transbrasil pede demissão do cargo

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Transbrasil, Paulo Enrique Coco, pediu ontem oficialmente demissão do cargo. A saída do executivo ocorre no momento que a empresa e a TAM fecharam um acordo de parceria que poderá resultar em uma fusão.
"Existem vários passos a serem tomados daqui para a frente entre as duas empresas e achei mais correto deixar as decisões com o vice-presidente, Antônio Celso Cipriani", disse Coco à Folha. Cipriani é genro de Omar Fontana, dono da Transbrasil.
Segundo comenta-se no mercado, a saída de Coco ocorreu principalmente porque a Transbrasil perdeu 16 dos 20 vôos entre São Paulo (Congonhas) e Rio (Santos Dumont). Eles foram criados justamente por Coco, que deixou a presidência da Rio-Sul em 1998 para assumir o cargo na Transbrasil.
O executivo negou a versão. "Assumi a presidência da Transbrasil com o compromisso de conseguir uma parceria para a empresa. Foi o que ocorreu com os atuais entendimentos com a TAM", alegou Coco.

Demissão na Varig
A crise que o setor aeroviário tem enfrentado atingiu também a Varig. Seu presidente do conselho de administração, Jorge Hilário Gouveia Vieira, foi demitido do cargo anteontem.
Vieira assumiu a função também em 1998, em uma época em que o clima entre o presidente da Varig, Fernando Pinto, e os membros do conselho, ligados à Fundação Rubem Berta, era o pior possível.
Vieira deixa agora seu cargo justamente em um momento em que Pinto voltou a ser alvo do conselho.
A empresa possui atualmente uma dívida de US$ 900 milhões. Ela pode ser prejudicada com a decisão do governo de não facilitar mais indenizações na Justiça devido ao congelamento de preços das passagens durante planos econômicos.
Das quatro grandes empresas da aviação do país -Varig, TAM, Vasp e Transbrasil- apenas a última conseguiu na Justiça a indenização. Mesmo assim, fechou com prejuízo nos últimos dois anos. (LV)


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