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Presidente da Transbrasil pede demissão do cargo
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Transbrasil,
Paulo Enrique Coco, pediu ontem oficialmente demissão do
cargo. A saída do executivo
ocorre no momento que a empresa e a TAM fecharam um
acordo de parceria que poderá
resultar em uma fusão.
"Existem vários passos a serem tomados daqui para a
frente entre as duas empresas e
achei mais correto deixar as decisões com o vice-presidente,
Antônio Celso Cipriani", disse
Coco à Folha. Cipriani é genro
de Omar Fontana, dono da
Transbrasil.
Segundo comenta-se no mercado, a saída de Coco ocorreu
principalmente porque a
Transbrasil perdeu 16 dos 20
vôos entre São Paulo (Congonhas) e Rio (Santos Dumont).
Eles foram criados justamente
por Coco, que deixou a presidência da Rio-Sul em 1998 para
assumir o cargo na Transbrasil.
O executivo negou a versão.
"Assumi a presidência da
Transbrasil com o compromisso de conseguir uma parceria
para a empresa. Foi o que ocorreu com os atuais entendimentos com a TAM", alegou Coco.
Demissão na Varig
A crise que o setor aeroviário
tem enfrentado atingiu também a Varig. Seu presidente do
conselho de administração,
Jorge Hilário Gouveia Vieira,
foi demitido do cargo anteontem.
Vieira assumiu a função também em 1998, em uma época
em que o clima entre o presidente da Varig, Fernando Pinto, e os membros do conselho,
ligados à Fundação Rubem
Berta, era o pior possível.
Vieira deixa agora seu cargo
justamente em um momento
em que Pinto voltou a ser alvo
do conselho.
A empresa possui atualmente
uma dívida de US$ 900 milhões. Ela pode ser prejudicada
com a decisão do governo de
não facilitar mais indenizações
na Justiça devido ao congelamento de preços das passagens
durante planos econômicos.
Das quatro grandes empresas
da aviação do país -Varig,
TAM, Vasp e Transbrasil-
apenas a última conseguiu na
Justiça a indenização. Mesmo
assim, fechou com prejuízo nos
últimos dois anos.
(LV)
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