São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 2002

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Anatel "segura" autorização da CTBC

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A empresa de telecomunicações CTBC criticou ontem duramente a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pela demora em conceder autorização para que atue fora de sua região (que inclui parte de MG, SP e GO).
Desde março a CTBC aguarda a licença. "Fomos informados ontem [quarta-feira" pela Anatel de que a disputa judicial da agência com a Embratel adiará nossa concessão. Estamos perplexos", disse José Mauro Costa, vice-presidente do grupo Algar, controladora da CTBC.
A companhia opera 700 mil linhas fixas e 260 mil celulares. Em 24 de março, a Anatel concedeu o certificado de que a CTBC antecipou o plano de metas de expansão dos serviços previsto para 2003.
Isso, a princípio, garante o direito de a CTBC começar a operar em todo o Brasil, com ligações locais em qualquer cidade e de longa distância nacional e internacional. A autorização da Anatel, porém, ainda não foi dada.

Ajustes
A assessoria da Anatel afirmou que a licença para a CTBC expandir seus serviços em todo o Brasil saiu da pauta do conselho. Segundo a agência, a CTBC precisa fazer alguns ajustes antes de receber a concessão.
Costa afirmou, no entanto, que foi informado pela Anatel de que a autorização estava emperrada até a agência conseguir derrubar uma liminar judicial obtida pela Embratel, que impede a Telefônica de expandir também seus serviços para fora do Estado de São Paulo. A exceção são as ligações internacionais provenientes de clientes paulistas.
Para preparar suas operações fora de sua região, a CTBC reuniu suas empresas de telefonia fixa, celular, internet e transmissão de dados em uma companhia só. Costa disse, porém, que não irá disputar mercado com a própria Telefônica, por exemplo.
"Vamos focar os negócios em empresas médias e pequenas. Somente ofereceremos telefonia residencial a cidades ou condomínios que ainda não têm cabos telefônicos", declarou. O faturamento da CTBC em 2001 foi de R$ 628 milhões. A meta da empresa é obter aumento de 5% em 2002.



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