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BEBIDAS
Receita sobe mais do que vendas no período
Cerveja cara faz a AmBev lucrar R$ 509 mi no primeiro trimestre
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Dona das marcas Skol, Brahma
e Antarctica, a AmBev ganhou em
2003 mais dinheiro por litro de
cerveja vendido do que em 2002.
Mas a quantidade de bebidas comercializadas não cresceu tanto.
De janeiro a março, a receita líquida embolsada por litro foi de R$ 1.
No primeiro trimestre de 2002, o
3valor estava em R$ 0,92 por litro.
A alta atinge 8,7%. Mas o volume vendido às lojas aumentou
menos, 5,4%, segundo dados
apresentados ontem pelo grupo.
O resultado foi um lucro no primeiro trimestre de R$ 509 milhões, um terço do lucro total de
2002. E uma receita de R$ 1,9 bilhão, contra R$ 1,7 bilhão em igual
período de 2002.
A elevação nos preços da cerveja, anunciada no final de 2002,
ajudou, em parte, a companhia a
recompor as perdas que poderiam atingir a receita líquida deste
ano. Isso porque o reajuste de, em
média, 10% (anunciado na época)
tinha como objetivo estancar possíveis impactos negativos da variação cambial também em 2003.
A empresa compra matéria-prima cotada em dólar (malte e lúpulo). A lata de alumínio também
tem insumos importados.
A companhia ressalta que a
maior receita "não é apenas consequência do reajuste de preços".
A redução em custos e despesas,
no valor de quase R$ 155 milhões
no primeiro trimestre, teve impacto também.
Custo
A cerveja que o brasileiro paga
cerca de R$ 1 pela lata em média
nos supermercados da capital
paulista custa para a AmBev R$
0,14 (sem contar impostos e depreciações).
Explica-se melhor: o custo da
cerveja para a empresa -o chamado CPV- foi de R$ 39,7 por
100 litros, ou R$ 0,39 por litro neste primeiro trimestre.
Uma lata com 355 ml, portanto,
tem custos de produção, fora a
depreciação, de R$ 0,14.
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