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São Paulo, sábado, 10 de maio de 2003

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BEBIDAS

Receita sobe mais do que vendas no período

Cerveja cara faz a AmBev lucrar R$ 509 mi no primeiro trimestre

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Dona das marcas Skol, Brahma e Antarctica, a AmBev ganhou em 2003 mais dinheiro por litro de cerveja vendido do que em 2002. Mas a quantidade de bebidas comercializadas não cresceu tanto. De janeiro a março, a receita líquida embolsada por litro foi de R$ 1. No primeiro trimestre de 2002, o 3valor estava em R$ 0,92 por litro.
A alta atinge 8,7%. Mas o volume vendido às lojas aumentou menos, 5,4%, segundo dados apresentados ontem pelo grupo.
O resultado foi um lucro no primeiro trimestre de R$ 509 milhões, um terço do lucro total de 2002. E uma receita de R$ 1,9 bilhão, contra R$ 1,7 bilhão em igual período de 2002.
A elevação nos preços da cerveja, anunciada no final de 2002, ajudou, em parte, a companhia a recompor as perdas que poderiam atingir a receita líquida deste ano. Isso porque o reajuste de, em média, 10% (anunciado na época) tinha como objetivo estancar possíveis impactos negativos da variação cambial também em 2003.
A empresa compra matéria-prima cotada em dólar (malte e lúpulo). A lata de alumínio também tem insumos importados.
A companhia ressalta que a maior receita "não é apenas consequência do reajuste de preços". A redução em custos e despesas, no valor de quase R$ 155 milhões no primeiro trimestre, teve impacto também.

Custo
A cerveja que o brasileiro paga cerca de R$ 1 pela lata em média nos supermercados da capital paulista custa para a AmBev R$ 0,14 (sem contar impostos e depreciações).
Explica-se melhor: o custo da cerveja para a empresa -o chamado CPV- foi de R$ 39,7 por 100 litros, ou R$ 0,39 por litro neste primeiro trimestre.
Uma lata com 355 ml, portanto, tem custos de produção, fora a depreciação, de R$ 0,14.


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