São Paulo, Segunda-feira, 10 de Maio de 1999 |
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PAINEL S/A Distanciamento crítico FHC dá sinais de que pode se envolver com a reforma tributária. Disse que receberá, na semana que vem, o presidente da comissão especial, Germano Rigotto (PMDB-RS), e o relator, Mussa Demes (PFL-PI), com o acompanhamento do tucano Antonio Kandir (SP). Se baixar, não sai Os deputados estão fazendo as contas. Os impostos atuais arrecadam R$ 264 bilhões. A reforma tributária pode mexer em tudo, menos nesse número. Cenário não ajuda O governo se esforça para passar a idéia de que o pior já passou, mas há preocupação dentro e fora do Planalto. O protecionismo internacional é o maior em 20 anos, e o crescimento econômico mundial, o menor em 17 anos. Nas alturas Os juros do Real estão tão altos que a aplicação mais conservadora, em CDI, rendeu 347,1%, entre 30 de junho de 94 e 6 de maio último. Segundo a Economática, que fez o estudo, o índice da Bolsa paulista subiu 228,1% no mesmo período, sendo que apenas 43 das 290 ações pesquisadas tiveram desempenho melhor que o do CDI. Aliado de peso A indústria da construção tentará conquistar o apoio do senador Antonio Carlos Magalhães para sua causa: pressionar o governo para investir pesadamente em programas de habitação, escolas, hospitais etc. Argumento: cada R$ 1 bilhão investidos geram 34 mil empregos diretos. Atrás de apoio O setor imobiliário aguarda para as próximas semanas novas medidas do governo federal no sentido de impulsionar a construção civil na área habitacional. Uma proposta em estudo reduz a tributação sobre o comprador final. Luz privatizada Dados da associação das indústrias de base indicam que o setor de energia elétrica precisa de investimentos de US$ 7 bilhões por ano. Cerca de 60% do dinheiro sairá da iniciativa privada. Vale quanto pesa Para rebater informações de que a TV paga cresceu menos do que o previsto, a Globosat saca uma pesquisa recente sobre seus assinantes: 59% do seu público (estimado em 5 milhões de pessoas) tem cartão de crédito e gasta, em média, R$ 594 por mês em compras. Ruim para os negócios Para o JP Morgan, desemprego e queda real dos salários continuarão segurando o consumo. Corte de gastos A vidraria Santa Marina está reestruturando sua administração e extinguiu o cargo de vice-presidente. Samuel Vulcan, que ocupava o posto, ficará apenas no conselho de administração. Tempos difíceis O faturamento da Santa Marina vem caindo há dez anos, segundo a consultoria Lafis. Seu maior lucro, US$ 60 milhões, foi em 89. Em 98, lucrou apenas US$ 6,7 milhões. Fabricantes de vidro sofrem com as vendas fracas da indústria automobilística e da construção civil. A Lafis prevê queda de 20% na venda de vidros em 99. Categoria rachada A diretoria da associação das empresas de serviços de engenharia em telecomunicações está em pé de guerra. Seis dos oito diretores garantem que o presidente, o advogado Marcelo Rocha, não fala por eles. Tudo porque vários deles já fecharam contratos com a Telefônica e alguns outros aguardam a oportunidade. Rocha falaria pelos que não têm chance. Maré baixa O Bradesco, como quase todos os bancos, vem tendo captação líquida negativa na poupança, mas Décio Tenerello, vice-presidente da instituição, acha que os resultados não são alarmantes. Mais do que a rentabilidade, diz ele, é o desemprego a maior causa dos saques. Na rota dos descobrimentos Os espanhóis gostaram mesmo do Brasil. Um grupo de empresários da área de alimentos, têxtil, agroindústria e autopeças, da Galícia, estará em São Paulo nesta semana em busca de novos negócios. Comércio encantado São Paulo terá a primeira loja de pronta entrega por atacado de produtos Disney, fora dos EUA. A inauguração é no final de maio e o investimento de US$ 1 milhão. A previsão é faturar US$ 5 milhões no primeiro ano. Triturando a concorrência O mercado de liquidificadores está agitado. A Mallory garante que um de seus modelos está sendo clonado por concorrentes de grande porte. Promete reagir. E-mail: painelsa@uol.com.br Próximo Texto: Salário mínimo atrai 50 mil em SP Índice |
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