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Para maioria, apoio do governo é insuficiente
DA REPORTAGEM LOCAL
Favoráveis ou contrários à participação do Brasil na Alca, os empresários parecem concordar
quando questionados se o governo já tomou medidas ou deu informações suficientes para que as
empresas melhorem sua competitividade: mais de 80% respondem que não. A maioria afirma
que a melhoria das condições de
competitividade das empresas
brasileiras depende também da
atuação do governo.
Eles avaliam que as condições
de concorrência das empresas
brasileiras melhoraram desde a
implantação do Plano Real, em
1994, e da estabilização da economia. Para 72% dos entrevistados,
as empresas ficaram em melhores
condições para concorrer depois
de 1994. Entre os empresários que
já atuam de alguma forma no comércio exterior, 80% avaliam que
suas condições melhoraram.
Apenas 16% dos empresários
entrevistados afirmaram que as
condições de concorrência tornaram-se piores depois da implantação do Plano Real.
Produtividade em questão
O Boletim de Produtividade Sistêmica, elaborado pelo IBQP-PR
(Instituto Brasileiro de Qualidade
e Produtividade no Paraná), mostra que a produtividade da indústria de transformação brasileira,
por exemplo, cresceu 48% na década de 1990. Ainda assim, dados
de 1995 e 1997 indicam que a produtividade do trabalho na indústria brasileira correspondia a 36%
dos índices de produtividade nos
EUA no mesmo período.
A continuidade da tendência de
ganhos de produtividade dependerá, segundo os técnicos do
IBQP-PR, de melhorias na produtividade sistêmica: condições de
infra-estrutura, gestão das empresas, grau de exigência dos consumidores brasileiros.
Para 68% dos empresários ouvidos pelo Datafolha, o governo deve ter muita participação no processo de melhoria da competitividade. O índice é maior entre as
empresas de grande porte. Nesse
caso, 77% dos entrevistados afirmaram que o governo deveria ter
muita participação para melhorar
as condições de competitividade
das empresas.
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