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VEÍCULOS
Empresa diz que queda nas vendas é o fator para as férias coletivas
Scania dará férias a 280 empregados
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais uma montadora decidiu
ontem colocar parte de seus funcionários em férias coletivas, devido à queda nas vendas de veículos. A Scania, que produz caminhões e ônibus, vai dar, a partir de
1º de setembro, 30 dias de férias
para cerca de 280 dos seus 2.100
funcionários que trabalham na
unidade de São Bernardo do
Campo, no ABC paulista.
A decisão se deve à drástica redução de 33,3% na produção da
montadora. Segundo a Scania, a
média de veículos montados
atualmente é de 20 por dia, contra
30 unidades que foram fabricadas
diariamente no ano passado.
A assessoria da montadora afirmou que os números de 2001 já
eram ruins, e agora são piores
ainda. Daí a decisão de adotar as
férias coletivas parciais. Caso o
mercado não melhore até outubro, a Scania também colocará o
mesmo número de funcionários
em férias coletivas em outubro,
novembro e dezembro.
A empresa afirmou ainda que a
prioridade é colocar no programa
os metalúrgicos que já estão com
férias vencidas.
Outras montadoras
O setor automobilístico tem sofrido forte diminuição nas vendas
nos últimos meses devido à instabilidade econômica do país. As
vendas em julho foram 9% menores em relação ao mesmo período
do ano passado. Devido às promoções nas revendas em julho,
houve expansão de 11,5% sobre as
vendas de junho.
Empresas como a General Motors, Fiat e Volkswagen têm adotado medidas de emergência, como redução da jornada semanal
ou abertura de programas de demissões voluntárias, a fim de enfrentar a crise.
As montadoras esperam que a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis, autorizado pelo governo neste mês, reative o setor.
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