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Grãos ficam sem qualidade, afirma produtor
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
"Trabalho com a produção de
café há dez anos e nunca tive um
prejuízo tão grande por causa do
excesso de chuva no inverno."
Com essa frase, o cafeicultor Vitório Meriato Domingues, 60, definiu o problema da colheita deste
ano. "O café caiu demais e perdeu
a qualidade. O fruto se mistura
com as folhas e com a terra no
chão e passa por um processo de
fermentação e umidade."
Já o produtor Antônio Dias dos
Santos, 56, disse que investirá
mais em mão-de-obra por conta
dos dias de chuva em que os trabalhadores ficaram parados.
"Como não utilizamos máquinas agrícolas na colheita por causa da topografia acidentada, nossa mão-de-obra é toda manual.
Além disso, temos que pagar o salário deles pelos dias parados por
causa da chuva", disse.
A região de Espírito Santo do Pinhal começou a apostar na cultura do café por volta de 1850. A
maioria das famílias da região era
de origem italiana. Hoje, o município tem 40 mil habitantes. O café
é sua principal cultura. A Coopinhal, que reúne os cafeicultores
da cidade e da região, foi fundada
em 1959.
(MS)
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