São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2005

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Setor teme guerra de preços

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado foi pego de surpresa pelo anúncio da negociação entre as empresas de eletrônicos ontem. Redes de lojas temem aumento na concentração do mercado com a compra da Philco e riscos de uma guerra de preços mais acirrada entre concorrentes.
Segundo dados que constam no balancete da Gradiente de 2004, o resultado negativo no último trimestre da empresa no ano passado -o prejuízo foi de R$ 10,9 milhões, ou 54,5% do total do ano- "é explicado pela perda do lucro bruto, decorrente da redução de preços de venda de alguns produtos para manter a competitividade no mercado e pela provisão para estoques obsoletos".
A Gradiente deve ter ganhos financeiros com o aumento do poder de barganha com fornecedores, e isso pode ou não ser repassado ao consumidor. Isso porque ela comprará maiores volumes de insumos e pode obter descontos.
"A Gradiente ganha ânimo renovado para fincar pé na disputa pelo mercado de TVs "de combate'", diz Eugenio Foganholo, sócio da Mixxer Consultoria.
Segundo avaliação de uma rede de varejo de eletrônicos de grande porte, as guerras de preços podem ser benéficas ao consumidor, mas há um efeito nocivo ao cliente com essa operação: o aumento da concentração no mercado. Menos marcas reduzem a opção ao comprador. No entanto, como ainda existem dez marcas de eletrônicos no país, a concorrência pode se dar por aí. (AM)


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