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Maioria das estradas de SP recebe regular
ALESSANDRO SILVA
da Folha Ribeirão
A maioria das estradas estaduais entregues para a exploração
de concessionárias recebeu nota
regular em avaliação feita pelo
próprio governo do Estado.
Dos 19 trechos de rodovias inspecionados pela Secretaria de Estado dos Transportes, 11 tiraram
nota abaixo de 4 (bom).
As notas variam de 1 (insuficiente) a 5 (excelente).
Nenhuma empresa conseguiu
nota máxima na primeira avaliação desde que o Programa de
Concessões começou, em março
do ano passado.
Apenas cinco foram classificadas como boas: rodovia Washington Luiz (Centrovias), SP-334
(Renovias), que liga São João da
Boa Vista a Minas Gerais, Anhanguera (AutoBAn), Brigadeiro Faria Lima (Tebe), de Bebedouro a
Barretos, e Castelo Branco
(Viaoeste).
As piores estradas do Estado,
que tiveram nota 2 (deficiente), ficam na região de Ribeirão Preto: a
rodovia Carlos Tonani (Sertãozinho-Borborema) e a Brigadeiro
Faria Lima (Matão-Bebdouro)
-todas administradas pela empresa Triângulo do Sol.
Entre os itens avaliados pela Comissão de Concessão estão a segurança, o cumprimento do cronograma de obras e a manutenção do lote de pistas.
As notas foram dadas por integrantes das CAFs (Comissão de
Acompanhamento e Fiscalização). Participam da inspeção representantes do governo, da sociedade civil e deputados. Há um
grupo por trecho.
Nos trechos regulares, estão cerca de dez praças de pedágio, cobrando de R$ 2,30 a R$ 4,80 -a
maioria nos dois sentidos. Ao todo, a região tem 18 postos de cobrança.
""As notas indicam em quais
itens as empresas deverão se aprimorar, mas não servem como parâmetros para multas contratuais", disse Zilla Patrícia Bendit,
coordenadora de Comunicação
da Comissão de Concessão.
No final de semana, o governador Mário Covas visitou os trechos concedidos à Triângulo do
Sol, Autovias e Vianorte -todas
na região de Ribeirão Preto- e
ameaçou até rescindir contratos
por causa dos atrasos em obras.
Esta semana, as concessionárias
notificadas estão negociando a
não-autuação por parte do governo. O prazo vence na sexta.
Outro lado
A maioria das empresas conhecia a média geral, mas desconhecia a avaliação por rodovia.
O diretor comercial da Triângulo do Sol, Alexandre Pereira,
afirmou que uma "coincidência
de fatos ruins" atrapalhou o desempenho da concessionária na
primeira avaliação.
"Existe um atraso até porque
não conseguimos licença ambiental para realizar a duplicação
da rodovia Brigadeiro Faria Lima", disse ele. A empresa também tenta obter empréstimos.
O ombusdman da Centrovias,
Carlos Prado, disse que a nota da
rodovia Comandante João Ribeiro de Barros se deve à interdição
da ponte sobre o rio Tietê, em Pederneiras. Uma barcaça bateu
num dos pilares da ponte.
A Autovias, a Vianorte e a Renovias não se manifestaram sobre o relatório do Estado.
Já a Ecovias, que administra o
sistema Imigrantes, disse que está
recorrendo da notificação por
atraso de obras.
Colaborou Luciana Cavalini, da
Folha Ribeirão
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