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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa recuou ontem 2,07%; aplicações nos fundos de ações superam saques em R$ 92 milhões
Bolsa interrompe sequência de sete altas
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fundos de ações começaram
bem o mês. Nos três primeiros
dias de setembro, a captação líquida (diferença entre aplicações
e saques) ficou positiva em R$ 92
milhões, segundo dados da Anbid
(Associação Nacional dos Bancos
de Investimento).
Em todos os meses deste ano, os
fundos de ações encerraram com
captação líquida negativa. No
mês passado, período em que a
Bolsa de Valores de São Paulo
acumulou valorização de 11,8%,
os saques nos fundos de ações superaram os depósitos em R$ 163
milhões. No ano, a captação desses fundos ainda está negativa em
R$ 1,18 bilhão.
A expectativa agora é se esse sinal de recuperação dos fundos vai
ter forças para seguir durante o
resto do mês.
Ontem o Ibovespa (principal índice da Bolsa) interrompeu uma
sequência de sete altas e fechou
com baixa de 2,07%. Mas a valorização acumulada no ano ainda é
bastante expressiva, ficando em
39,4%.
Após as recentes altas, analistas
consideram normal a queda da
Bovespa de ontem. Investidores
procuraram embolsar algo do lucro acumulado nos últimos dias.
As ações preferenciais da Tele
Nordeste Celular, que dispararam
17% na semana passada, caíram
4,6% no pregão de ontem. O papel PN da Tele Celular Sul perdeu
4,5%, após registrar alta de 12,9%
na última semana.
Os negócios seguiram agitados.
O giro do pregão de ontem voltou
a superar o R$ 1 bilhão.
Como a perspectiva é de que os
juros sigam em baixa, a Bolsa deve continuar com fôlego para
manter a trajetória positiva.
O contrato DI -que considera
os juros das operações entre os
bancos- de prazo em janeiro fechou ontem na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) com taxa de 19,37% anuais. Essa taxa
projeta uma Selic em torno dos
18% no fim do ano.
Já o contrato de prazo mais curto encerrou as operações ontem
com taxa de 20,64%.
O Copom (Comitê de Política
Monetária) se reúne na próxima
semana para decidir o rumo dos
juros. A taxa básica (Selic) está em
22% ao ano.
O dólar teve um dia de calmaria
após a pressão sofrida na segunda-feira. Ontem a moeda dos
EUA encerrou com baixa de
0,71%, a R$ 2,924.
(FABRICIO VIEIRA)
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