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São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa recuou ontem 2,07%; aplicações nos fundos de ações superam saques em R$ 92 milhões

Bolsa interrompe sequência de sete altas

DA REPORTAGEM LOCAL

Os fundos de ações começaram bem o mês. Nos três primeiros dias de setembro, a captação líquida (diferença entre aplicações e saques) ficou positiva em R$ 92 milhões, segundo dados da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
Em todos os meses deste ano, os fundos de ações encerraram com captação líquida negativa. No mês passado, período em que a Bolsa de Valores de São Paulo acumulou valorização de 11,8%, os saques nos fundos de ações superaram os depósitos em R$ 163 milhões. No ano, a captação desses fundos ainda está negativa em R$ 1,18 bilhão.
A expectativa agora é se esse sinal de recuperação dos fundos vai ter forças para seguir durante o resto do mês.
Ontem o Ibovespa (principal índice da Bolsa) interrompeu uma sequência de sete altas e fechou com baixa de 2,07%. Mas a valorização acumulada no ano ainda é bastante expressiva, ficando em 39,4%.
Após as recentes altas, analistas consideram normal a queda da Bovespa de ontem. Investidores procuraram embolsar algo do lucro acumulado nos últimos dias. As ações preferenciais da Tele Nordeste Celular, que dispararam 17% na semana passada, caíram 4,6% no pregão de ontem. O papel PN da Tele Celular Sul perdeu 4,5%, após registrar alta de 12,9% na última semana.
Os negócios seguiram agitados. O giro do pregão de ontem voltou a superar o R$ 1 bilhão.
Como a perspectiva é de que os juros sigam em baixa, a Bolsa deve continuar com fôlego para manter a trajetória positiva.
O contrato DI -que considera os juros das operações entre os bancos- de prazo em janeiro fechou ontem na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) com taxa de 19,37% anuais. Essa taxa projeta uma Selic em torno dos 18% no fim do ano.
Já o contrato de prazo mais curto encerrou as operações ontem com taxa de 20,64%.
O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne na próxima semana para decidir o rumo dos juros. A taxa básica (Selic) está em 22% ao ano.
O dólar teve um dia de calmaria após a pressão sofrida na segunda-feira. Ontem a moeda dos EUA encerrou com baixa de 0,71%, a R$ 2,924.
(FABRICIO VIEIRA)


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