São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2004

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REAÇÃO EM MASSA

Presidente do BNDES diz que não quis ofender

Padarias reclamam de declaração de Lessa

GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.

A indústria de panificação ficou indignada com as declarações de Carlos Lessa, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de que o banco não seria uma padaria. Marcos Salomão, presidente da Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria), diz que "comparações pejorativas como essa entre processos no BNDES com padarias têm gerado profundo descontentamento entre os panificadores".
Na semana passada, ao responder a críticas segundo as quais o BNDES demorava a aprovar projetos, Lessa disse: "A análise de um projeto de investimento não é uma compra de pão na padaria".
Salomão irá registrar sua insatisfação em carta enviada a Lessa. Segundo ele, as padarias prestam um serviço rápido e de qualidade, com inadimplência zero e excelência no relacionamento com os clientes.
A Abip informa que o setor de panificação no Brasil é formado por 52 mil estabelecimentos e movimenta R$ 24 bilhões/ano. O setor emprega 600 mil pessoas diretamente e 2,5 milhões indiretamente.
Carlos Lessa, presidente do BNDES, afirmou à Folha que não quis, em nenhum momento, desprestigiar as padarias. Segundo ele, ao afirmar que o BNDES não era uma padaria, o que ele quis dizer é que o banco não é tão ágil como uma padaria, que faz várias fornadas de pão por dia. "O pão tem que estar sempre fresquinho e as padarias precisam fazer quatro, cinco ou até seis fornadas por dia. O BNDES jamais fará algo parecido com isso", afirmou.


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