Apex faz planos para o próximo governo

Mesmo já tendo decidido deixar o cargo em no próximo ano, independentemente do resultado das eleições, Juan Quirós, presidente da Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações), começa a traçar uma estratégia de trabalho para o próximo governo. O executivo se reunirá com uma série de entidades empresariais com o objetivo de deixar um planejamento estratégico para o seu sucessor.
O primeiro encontro ocorre amanhã, em São Paulo, no escritório do BNDES, com 11 setores empresariais que possuem projetos na agência. Entre eles, representes das seguintes associações: ABIT, Abicalçados, Abimaq e IBGM. "O nosso intuito é o de deixar as prioridades do setor privado registradas para a próxima gestão", diz Quirós.
Um dos temas que estarão na pauta dessas reuniões com associações empresariais, segundo Quirós, é a abertura de novos centros de distribuição em países que podem ser estratégicos para o incremento das exportações brasileiras, como a China e a África do Sul.
Há também outros pontos considerados prioritários, como o de elevar a exportação de produtos ligados à área de serviços. De acordo com Quirós, assim como a Apex promoveu a venda de serviços hospitalares, o objetivo, é o de fazer o mesmo na área de engenharia.
Quirós informará também às associações empresariais que, a partir do ano que vem, será criado um portal de inteligência comercial da Apex, em que todos os dados da inteligência comercial da agência estarão disponíveis. Os empresários poderão saber no portal não só as fases que se encontram os projetos, como também os mercados que podem ser prospectados em busca de novos negócios.
Outro tema que Quirós pretende pôr na mesa para discutir com os empresários é a intensificação dos investimentos do país na produção de orgânicos. Segundo Quirós, o Brasil tem um papel importante como produtor de orgânicos, mas deve ampliar essa sua atividade. O objetivo é aumentar a exportação de orgânicos com maior índice de valor agregado.
Também faz parte dos planos de Quirós o incentivo à produção de etanol, onde o Brasil possui vantagem comparativa em relação ao resto do mundo. Tanto que, em 30 dias, a Apex fecha uma APL (arranjo produtivo local) relacionada a etanol em Piracicaba, interior de São Paulo.
Cerca de 70 empresas farão parte da APL, desde fornecedoras de equipamentos a usinas. O objetivo é vender o produto para países como Estados Unidos, México e Índia.

LUXO À BEIRA-MAR

Com projeto do designer francês Philippe Starck, o hotel Fasano Vieira Souto começa a mostrar a sua cara. A fachada do empreendimento já pode ser vista por quem passa pela orla de Ipanema, na altura da rua Joaquim Nabuco. Com mais de 90 suítes debruçadas sobre o mar, o hotel deve abrir suas portas em novembro deste ano. Na decoração, fotografias do Rio antigo.

ALTA RENDA
O Banco do Brasil acaba de aprovar plano para aumentar a participação no mercado de alta renda. Com o plano, o banco poderá expandir a base de clientes Estilo em mais de 160% e inaugura, até o fim do ano que vem, 40 agências de atendimento exclusivo e 89 espaços compartilhados com as agências de varejo, totalizando 317 pontos de atendimento para a alta renda.

PIRATAS NA FAXINA
A partir de amanhã, a Abipla e o Sipla apresentam, na feira Varejo Total, os principais prejuízos causados pelos produtos de limpeza clandestinos ou ilegais. Estimativas das entidades revelam que, em 2005, o setor perdeu R$ 558 milhões.

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O mercado publicitário sentiu, neste ano, que o entusiasmo do anunciante brasileiro foi grande, apesar da derrota na Copa do Mundo. Só no primeiro semestre, o setor teve alta de 17%. Em 2006, José Carlos de Salles Gomes Neto, presidente do Grupo Meio & Mensagem, acredita que o mercado crescerá 15%. Salles é idealizador do MaxiMídia, que terá sua 16ª edição realizada entre 3 e 5 de outubro, em São Paulo. A expectativa é de que cerca de 700 pessoas participem do fórum de debates do evento, que reúne executivos como José Bonifácio de Oliveira Sobrinho. Outros 15 mil são esperados para a feira que mostra novidades do setor e 5 mil devem estar na rede de 24 cidades que participam do evento, via satélite.

"MAISON" DO DESIGN

Com 12 anos de experiência no mercado brasileiro e no exterior, a designer de jóias, bijouterias e acessórios Adriana Bittencourt se prepara para abrir, na próxima quarta, uma "maison" nos Jardins, em São Paulo. Bittencourt deslocará a loja que já existe hoje para uma casa de vila, que será totalmente ocupada pelos produtos desenhados por ela. "A intenção é fazer uma coisa bem familiar, superpersonalizada, com inspiração no verão europeu", diz. Com a abertura da loja, a designer, que é auxiliada na administração da marca pela irmã Fernanda Bittencourt, redesenha seu modelo de negócios, com o foco na loja própria e nas exportações, deixando de lado a atuação em lojas multimarcas brasileiras. "Com a demanda das exportações, não estávamos dando conta do mercado interno." Cerca de 60% de sua produção vai para países de diferentes continentes como Japão, Líbano e Austrália. Bittencourt não planeja abrir outra loja no Brasil. "Queremos manter apenas uma, em São Paulo. A idéia é que nossa próxima loja seja nos Estados Unidos", diz a designer.


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