São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Tendência do dólar é de alta, diz Mantega

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a desvalorização do dólar chegou ao seu limite mais baixo, a R$ 1,56, e a tendência agora é de alta da moeda norte-americana. Ele acrescentou que essa valorização não deve gerar pressão na inflação porque será compensada pela queda dos preços internacionais das commodities, como o petróleo.
O ministro afirmou que a queda na Bolsa é "um cenário passageiro" e ressaltou que o saldo ainda é positivo para os investidores do mercado de ações, mas não citou em qual período. Para Mantega, uma das explicações para o desempenho negativo é a fuga de capitais estrangeiros, o que também ajuda a valorizar o dólar.
"Acho que nós chegamos ao limite da valorização do real", afirmou o ministro. Neste ano, a cotação mais baixa do dólar foi de R$ 1,56, em 1º de agosto. Ontem, fechou a R$ 1,77. A alta do dólar foi acompanhada pela maior queda da Bolsa no ano.
"Tem uma explicação clara, o repatriamento de capital, uma parte das aplicações de fundos estrangeiros, ou porque estão achando que commodities não têm mais o mesmo desempenho ou porque precisavam cobrir buracos em outros lugares. Se você olhar, o saldo ainda é positivo", disse.
O ministro disse ontem estar "tranqüilo" em relação à inflação. Mas admitiu que um efeito negativo da queda das commodities é a redução em valor das exportações brasileiras. Por isso, disse o ministro, o Brasil terá de aumentar as exportações de produtos manufaturados.
"A inflação está caindo. Há desaceleração nos índices. Portanto, estamos tranqüilos", disse.


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