São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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País é 40º em índice sobre setor financeiro

Sistema bancário nacional é o último no ranking

MAURÍCIO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A primeira edição do Índice de Desenvolvimento Financeiro, divulgada ontem pelo Fórum Econômico Mundial, coloca o Brasil na 40ª posição. A debilidade dos marcos reguladores e a baixa eficiência do sistema bancário explicam a baixa performance. O novo indicador mede o desenvolvimento dos sistemas financeiros e dos mercados de capitais de 52 países.
O índice é feito a partir da medição de 7 tópicos como o "ambiente institucional" e o "ambiente de negócios". Os dados são todos medidos numa escala de 1 a 7 que avalia uma infinidade de detalhes, como a "governança corporativa" e a "liberalização do setor financeiro doméstico".Os dados foram apurados no Brasil pelo Movimento Brasil Competitivo e Fundação Dom Cabral.

Brasil
O relatório diz que o país tem um "ambiente político ineficiente", com baixo grau de "regularização". "A pontuação relativamente forte dos mercados financeiros e dos não-bancos (corretoras e seguradoras) contrasta com a posição fraca dos bancos, que receberam a mais baixa pontuação possível, devido ao tamanho e às baixas medidas de eficiência", diz o relatório. No índice geral o Brasil alcançou 3,28 pontos. Os EUA lideram com 5,85 e a Venezuela é a última, com 2,71 pontos.
O desempenho dos "bancos" (52º lugar) contrasta com a percepção de solidez do sistema bancário nacional. O "tamanho" e a "eficiência" das instituições são as razões apontadas. A metodologia explica que "quanto maior o tamanho do sistema bancário, maior o montante de recursos que pode ser canalizado dos poupadores para os investidores".
Já no tópico "ambiente institucional", o Brasil também fica em 40ª posição (3,69), atrás da Tailândia (4,46), que sofreu um golpe militar em 2006. "Nós analisamos (o ambiente institucional) a partir de questões de ordem regulatória para o sistema financeiro, como o direito de propriedade, por exemplo, não num contexto mais amplo", defende-se Bilodeau.


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