São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Vantagens do álcool
A gasolina custa 116% mais do que o álcool nos postos do Estado de São Paulo. Em média, o litro do álcool custa R$ 0,79 e o da gasolina, R$ 1,71. Custar menos não é a única vantagem do álcool. O mercado do produto é livre, enquanto os preços da gasolina estão represados, diz Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica.

De olho na safra
Até a primeira quinzena de setembro foram moídos 194 milhões de toneladas de cana na região centro-sul, 19% a mais do que em 2001. A produção de açúcar soma 266 milhões de sacas de 50 quilos, com alta de 25%. A produção total de álcool atinge 8 bilhões de m3, 19% mais do que no ano passado.

Reflexos na inflação
O Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, apontou alta de 9,07% nos preços agrícolas recebidos pelos produtores nos últimos 30 dias. Mau sinal para a inflação, que deverá absorver esse impacto nas próximas semanas.

Aumentos explosivos
A pesquisa do IEA registrou aumentos explosivos no setor. A carne suína subiu 38%; o café, 29%; o trigo, 27%; o frango, 27%; a soja, 23%; o milho, 22%; a laranja, 17%; e o arroz, 11%. Essas altas deverão recuar até o final do mês, diz Nelson Martin, coordenador da pesquisa.

Sem quedas
O IEA acompanha preços de 19 produtos semanalmente. A pesquisa referente aos preços médios dos últimos 30 dias até 7 deste mês não registrou quedas. A menor alta foi a da banana (1,3%).

A cachaça vai a Paris
A cachaça brasileira estará neste mês na feira de alimentos Sial, em Paris. O objetivo dos produtores, representados pelo PBDAC, é divulgar o produto no mercado internacional e buscar negócios com as grandes redes e empresas internacionais.

Safra menor
Os preços do feijão neste final de ano poderão ficar acima dos do ano passado. A área destinada ao plantio foi menor e a safra que chega ao mercado a partir de novembro não será suficiente para derrubar os preços aos patamares de 2001, segundo análise do mercado.

Boi não cede
O boi também chega ao final do ano com preços aquecidos, apesar do fim da entressafra em novembro. O contrato futuro de dezembro aponta para R$ 55,55 por arroba. Exportações e dólar alto refletirão nos preços, mas o poder aquisitivo baixo não permite reajustes elevados.

Milho em alta
A saca de milho subiu ontem para R$ 24,70 nos contratos de novembro da Bolsa de Mercadorias & Futuros. Para março, período de safra, o mercado futuro aponta para R$ 20.

Alimentos no IGP
Os preços dos alimentos subiram 5,23% no mercado atacadista no mês passado, conforme o IGP (Índice Geral de Preços), da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Nos últimos 12 meses os alimentos já subiram 24%.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br



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