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Mercado Aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Fiocca nega favorecimento à Brasil Telecom
O presidente do BNDES, Demian Fiocca, negou qualquer
tipo de favorecimento do banco
ao aprovar o empréstimo de R$
2,1 bilhões para a Brasil Telecom na semana passada, a três
semanas da eleição presidencial. "O setor de telecomunicações é composto por poucas
grandes empresas e os números de seus investimentos são
muito grandes", diz ele.
A Brasil Telecom é foco, desde a privatização, de disputa judicial entre seus principais sócios. Até outubro do ano passado, a empresa era administrada
pelo Opportunity, que foi destituído da gestão. Hoje, a empresa é administrada pelos fundos
de pensão e pelo Citibank.
Segundo Fiocca, o BNDES
não leva em conta, nas análises,
questões referentes aos acionistas da empresa quando estuda um pedido de financiamento de investimento, e sim a qualidade da companhia. Tanto
que lembrou que, em 2004, o
banco aprovou um empréstimo
para a Brasil Telecom de R$ 1,2
bilhão quando os diretores da
companhia ainda eram indicados pelo Opportunity.
Ele afirmou, ainda, que,
quando os antigos gestores foram destituídos da companhia,
o BNDES já tinha liberado 80%
do empréstimo. "Isso mostra a
nossa isenção", disse Fiocca.
O presidente do BNDES também discorda das críticas de
que o banco tenha aprovado o
empréstimo em prazo recorde,
em apenas cinco meses. Segundo ele, desde que o seu antecessor, Guido Mantega, atual ministro da Fazenda, assumiu o
banco, o BNDES tem se esforçado para reduzir os prazos de
todas as suas operações.
Segundo Fiocca, a diminuição dos prazos para a aprovação das operações é uma de
suas prioridades no banco. "A
aprovação do empréstimo não
aconteceu em um prazo excessivamente curto. Não foi mais
rápido, por exemplo, do que seria em um banco privado", afirma. "Nosso objetivo é preservar a qualidade da análise, mas
em um tempo mais rápido."
Fiocca disse que outras empresas do setor também já receberam empréstimos do banco,
e todos bastante expressivos.
Entre eles, R$ 1,3 bilhão para a
TIM e R$ 1,4 bilhão para a Telemar. O novo empréstimo para a
BrT, de acordo com Fiocca, será para cobrir parte de um novo
investimento da companhia, já
que o ciclo do anterior já tinha
completado.
Fiocca diz que o financiamento concedido pelo BNDES
para a Brasil Telecom é sinal de
que o Brasil está entrando agora numa fase de grandes investimentos. Além desse empréstimo, ele diz que outros, também na faixa de US$ 1 bilhão,
estão sendo discutidos no banco para atender empresas em
setores como de siderurgia, de
papel e celulose e petroquímica, entre outros.
DIVERSIFICAÇÃO NO COPO
A Bier & Wein, importadora de cervejas premium desde
1988, estréia sua representação de cervejas nacionais. Hoje,
a empresa lança quatro rótulos da gaúcha Dado Bier e, até o
fim desta semana, a carioca Therezópolis Gold. A empresa,
no entanto, ainda permanece mais forte no segmento das
importadas. Na semana passada trouxe quatro marcas holandesas. A estratégia da Bier & Wein, segundo seu proprietário, Marcelo Stein, é ampliar o mercado consumidor, oferecendo produtos mais segmentados. Para ele, o brasileiro
está passando por uma fase de amadurecimento. "O mercado brasileiro vai atingir o clímax em três ou quatro anos. O
premium deve subir de 5% para 8%, e o super premium, de
0,2% para 0,5%."
PLÁSTICO
Criado em 1996, o cartão
de débito chega a seu décimo
ano com evolução marcante
e expectativa de 195 milhões
de unidades em circulação
até o fim de 2006 (veja quadro ao lado). Os dados são da
Abecs (associação das empresas de cartões).
ÓPERA PARA O POVO
A Metropolitan Opera, de
Nova York, passou a vender
ingressos promocionais de
US$ 20 durante a semana. O
preço padrão é US$ 375.
FARMÁCIA
As farmácias que não pertencem a alguma rede representam, em todo o Brasil,
95% do total de estabelecimentos. As redes (mais de
cinco lojas), no entanto, começam a avançar. Embora
tenham apenas 5% do mercado, elas registraram, em
2005, crescimento de 15%
em relação a 2004. O levantamento, realizado pela AC
Nielsen/GeoConnection,
destaca ainda que o universo
de farmácias no Brasil está
em expansão: cresceu 1,4%
de 2004 para 2005.
SALÁRIO
A Caixa reabriu as linhas
de crédito para as empresas
financiarem o pagamento do
13º. Os recursos à disposição
são R$ 2,4 bilhões. O prazo
para pagamento é de até 12
meses e os juros variam de
acordo com o prazo.
VEÍCULOS
O grupo de veículos, que,
desde abril, crescia na composição do Índice de Preços
no Varejo da Fecomercio SP,
caiu 0,14% em setembro em
relação a agosto. A entidade
divulga hoje os resultados
completos do índice.
Volks lança novo conversível em salão paulistano
A Volkswagen se prepara para lançar um novo
modelo conversível, o
Eos, no salão do automóvel de São Paulo, no dia 19.
O modelo, produzido em
Portugal, estará disponível no Brasil a partir de
2007. "É um cupê com sistema combinado de teto
solar, que pode ser conversível em 20 segundos",
diz Paulo Kakinoff, diretor de vendas e marketing
da Volks no Brasil. O Eos é
o primeiro conversível da
montadora em 30 anos.
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