São Paulo, terça-feira, 10 de outubro de 2006

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Mercado Aberto

Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br

Fiocca nega favorecimento à Brasil Telecom

O presidente do BNDES, Demian Fiocca, negou qualquer tipo de favorecimento do banco ao aprovar o empréstimo de R$ 2,1 bilhões para a Brasil Telecom na semana passada, a três semanas da eleição presidencial. "O setor de telecomunicações é composto por poucas grandes empresas e os números de seus investimentos são muito grandes", diz ele.
A Brasil Telecom é foco, desde a privatização, de disputa judicial entre seus principais sócios. Até outubro do ano passado, a empresa era administrada pelo Opportunity, que foi destituído da gestão. Hoje, a empresa é administrada pelos fundos de pensão e pelo Citibank.
Segundo Fiocca, o BNDES não leva em conta, nas análises, questões referentes aos acionistas da empresa quando estuda um pedido de financiamento de investimento, e sim a qualidade da companhia. Tanto que lembrou que, em 2004, o banco aprovou um empréstimo para a Brasil Telecom de R$ 1,2 bilhão quando os diretores da companhia ainda eram indicados pelo Opportunity.
Ele afirmou, ainda, que, quando os antigos gestores foram destituídos da companhia, o BNDES já tinha liberado 80% do empréstimo. "Isso mostra a nossa isenção", disse Fiocca.
O presidente do BNDES também discorda das críticas de que o banco tenha aprovado o empréstimo em prazo recorde, em apenas cinco meses. Segundo ele, desde que o seu antecessor, Guido Mantega, atual ministro da Fazenda, assumiu o banco, o BNDES tem se esforçado para reduzir os prazos de todas as suas operações.
Segundo Fiocca, a diminuição dos prazos para a aprovação das operações é uma de suas prioridades no banco. "A aprovação do empréstimo não aconteceu em um prazo excessivamente curto. Não foi mais rápido, por exemplo, do que seria em um banco privado", afirma. "Nosso objetivo é preservar a qualidade da análise, mas em um tempo mais rápido."
Fiocca disse que outras empresas do setor também já receberam empréstimos do banco, e todos bastante expressivos. Entre eles, R$ 1,3 bilhão para a TIM e R$ 1,4 bilhão para a Telemar. O novo empréstimo para a BrT, de acordo com Fiocca, será para cobrir parte de um novo investimento da companhia, já que o ciclo do anterior já tinha completado.
Fiocca diz que o financiamento concedido pelo BNDES para a Brasil Telecom é sinal de que o Brasil está entrando agora numa fase de grandes investimentos. Além desse empréstimo, ele diz que outros, também na faixa de US$ 1 bilhão, estão sendo discutidos no banco para atender empresas em setores como de siderurgia, de papel e celulose e petroquímica, entre outros.

DIVERSIFICAÇÃO NO COPO
A Bier & Wein, importadora de cervejas premium desde 1988, estréia sua representação de cervejas nacionais. Hoje, a empresa lança quatro rótulos da gaúcha Dado Bier e, até o fim desta semana, a carioca Therezópolis Gold. A empresa, no entanto, ainda permanece mais forte no segmento das importadas. Na semana passada trouxe quatro marcas holandesas. A estratégia da Bier & Wein, segundo seu proprietário, Marcelo Stein, é ampliar o mercado consumidor, oferecendo produtos mais segmentados. Para ele, o brasileiro está passando por uma fase de amadurecimento. "O mercado brasileiro vai atingir o clímax em três ou quatro anos. O premium deve subir de 5% para 8%, e o super premium, de 0,2% para 0,5%."

PLÁSTICO
Criado em 1996, o cartão de débito chega a seu décimo ano com evolução marcante e expectativa de 195 milhões de unidades em circulação até o fim de 2006 (veja quadro ao lado). Os dados são da Abecs (associação das empresas de cartões).

ÓPERA PARA O POVO
A Metropolitan Opera, de Nova York, passou a vender ingressos promocionais de US$ 20 durante a semana. O preço padrão é US$ 375.

FARMÁCIA
As farmácias que não pertencem a alguma rede representam, em todo o Brasil, 95% do total de estabelecimentos. As redes (mais de cinco lojas), no entanto, começam a avançar. Embora tenham apenas 5% do mercado, elas registraram, em 2005, crescimento de 15% em relação a 2004. O levantamento, realizado pela AC Nielsen/GeoConnection, destaca ainda que o universo de farmácias no Brasil está em expansão: cresceu 1,4% de 2004 para 2005.

SALÁRIO
A Caixa reabriu as linhas de crédito para as empresas financiarem o pagamento do 13º. Os recursos à disposição são R$ 2,4 bilhões. O prazo para pagamento é de até 12 meses e os juros variam de acordo com o prazo.

VEÍCULOS
O grupo de veículos, que, desde abril, crescia na composição do Índice de Preços no Varejo da Fecomercio SP, caiu 0,14% em setembro em relação a agosto. A entidade divulga hoje os resultados completos do índice.

Volks lança novo conversível em salão paulistano

A Volkswagen se prepara para lançar um novo modelo conversível, o Eos, no salão do automóvel de São Paulo, no dia 19. O modelo, produzido em Portugal, estará disponível no Brasil a partir de 2007. "É um cupê com sistema combinado de teto solar, que pode ser conversível em 20 segundos", diz Paulo Kakinoff, diretor de vendas e marketing da Volks no Brasil. O Eos é o primeiro conversível da montadora em 30 anos.


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