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Greve cresce no segundo dia e chega a 3.570 agências
Para bancos, sindicalistas forçam adesão com piquetes
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A greve dos bancários se ampliou ontem, segundo dia de
paralisação, e atingiu 3.570
agências em todo o país, segundo os sindicalistas. Para a Fenaban (Federação Nacional dos
Bancos), 2.500 agências foram
parcialmente ou totalmente fechadas ontem. A paralisação
continua hoje.
Representantes dos bancos
acusam os sindicalistas de "terceirizarem" a greve, com a contratação de "piqueteiros profissionais" por R$ 30 cada, em ao
menos duas regiões do país
-em São Paulo e Curitiba (PR).
"São piqueteiros profissionais que impedem os bancários
que querem trabalhar e os
clientes de usarem os serviços
bancários", diz Magnus Apostólico, coordenador de relações
trabalhistas da federação dos
bancos. "É uma greve de fora
para dentro da categoria. E a
adesão só ocorre por pressão."
Ele diz ainda que sindicalistas estão impedindo os clientes
da Paraíba e do Pará de usarem
serviços de auto-atendimento,
o que está sendo investigado
pelo Ministério Público dessas
localidades.
Os sindicalistas reagem às
acusações e afirmam que a greve é legítima. "Gerentes, superintendentes e outros funcionários estão sendo colocados
de helicóptero dentro de alguns
prédios administrativos sob
ameaça de serem demitidos",
diz Luiz Cláudio Marcolino,
presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo.
Em São Paulo, a greve envolveu 35 mil dos 120 mil bancários. Segundo o sindicato, 744
agências e 11 centros administrativos pararam ontem e a greve atingiu centrais de atendimento telefônico e em alguns
bancos o setor de câmbio.
"Alguns bancos estão contratando policiais militares para
forçar os bancários a trabalharem. Denúncias foram feitas à
Polícia Federal", diz Carlos
Cordeiro, secretário-geral da
Contraf-CUT. A categoria quer
13,3% de reajuste (o que inclui
5% de ganho real) e os bancos
ofereceram 7,5%.
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