São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2005

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GASTOS

Débitos serão quitados por 58% das pessoas; só 17% vão fazer compras

Brasileiro quer pagar dívida com 13º

FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE

A maior parte da população deve frear o impulso consumista e direcionar o 13º salário ao pagamento de dívidas. De acordo com pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), 58% dos brasileiros vão regularizar as pendências financeiras com o dinheiro adicional. Só 17% devem fazer compras.
Para o economista-chefe da BDO Trevisan, Luiz Guilherme Piva, a decisão de pagar dívidas com o 13º salário é acertada. "Não é prudente contrair novas dívidas antes de quitar as existentes."
O vice-presidente da Anefac, Miguel de Oliveira, disse que o 13º salário deve ser usado preferencialmente no pagamento de dívidas caras -que possuem encargos mais altos-, como cartão de crédito e cheque especial.
De acordo com a pesquisa, 31% dos trabalhadores usarão o 13º para cobrir a dívida do cheque especial. Outros 24% vão pagar os débitos do cartão de crédito.
O dinheiro que sobrar após o pagamento das dívidas, diz Oliveira, deve ser guardado para as dívidas de começo de ano, como IPVA e material escolar. "É preciso reservar para as despesas de começo do ano e compras de Natal para não entrar no vermelho."
Ele também orienta o consumidor a zerar as dívidas com o pagamento antecipado de débitos ainda não vencidos. "O código de defesa do consumidor garante a retirada dos juros embutidos nestes financiamentos para as parcelas pagas antecipadamente."

Consumo
O pagamento do 13º salário injetou cerca de R$ 40 bilhões na economia no ano passado, segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A pesquisa da Anefac mostrou que, entre os consumidores que querem fazer compras com o 13º salário, 49% pretendem gastar até R$ 500. Outros 17% estão dispostos a gastar até R$ 1.000.
Entre os produtos que devem ser adquiridos estão brinquedos, roupas, eletroeletrônicos, celulares, linha branca e móveis.


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