|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Secretário tem relação distante com o Brasil e a América Latina
DE WASHINGTON
Apesar de suas declarações desastrosas sobre a América Latina,
o ex-secretário do Tesouro americano, Paul O'Neill, conhecia o
Brasil. O'Neill visitou o país diversas vezes quando era presidente
da gigante do alumínio Alcoa e
gabava-se de ter feito "vários amigos" brasileiros.
John Snow, seu substituto, parece estar mais distante da região.
As operações na América Latina
da companhia ferroviária que
presidiu até ontem, a CSX, limitam-se à instalação e administração de terminais portuários na
Venezuela e em outros dois países
da América Central.
Snow também foi diretor da
"United States Steel", companhia
que defendeu e beneficiou-se das
barreiras impostas pela Casa
Branca à importação de aço do
Brasil. Mas, ao menos publicamente, sua participação no lobby
relacionado com esse episódio foi
nula.
Assessores
Dada sua distância de assuntos
brasileiros, Snow deverá basear-se na opinião de seus principais
assessores para decidir futuros
problemas relacionados com o
país. A grande dúvida é se o novo
secretário manterá nos cargos os
subsecretários do Tesouro Kenneth Dam - convidado para o
jantar de hoje em homenagem ao
presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva, que está visitando os Estados Unidos- e John Taylor,
ambos trazidos ao governo por
Paul O'Neill.
Analistas sobre a América Latina em Wall Street não souberam
opinar ontem sobre o significado
da nomeação de Snow para a região. Eles buscavam informações
sobre a opinião do futuro secretário a respeito de intervenções da
comunidade internacional em
crises financeiras de países emergentes.
(MARCIO AITH)
Texto Anterior: Tesouro do império: Snow assume; política econômica é a mesma Próximo Texto: Empresa que indicado preside já teve ajuda do governo no passado Índice
|