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Empresa que indicado preside já teve ajuda do governo no passado
DA REDAÇÃO
Com sólidos laços republicanos, John Snow, 63, possui também contatos na oposição democrata e assume o Tesouro norte-americano com a missão de manter melhores relações no Congresso do que seu antecessor, Paul
O'Neill, 67. Snow também é próximo do presidente do Federal
Reserve, Alan Greenspan.
Ainda que os republicanos tenham a maioria na Câmara e no
Senado, o novo secretário precisará de muita diplomacia para
aprovar o pacote de medidas com
as quais o governo pretende retirar a economia da estagnação. O
reaquecimento econômico é tido
com questão central para a ambição de George W. Bush de conquistar um segundo mandato.
Estará a cargo de Snow a liderança do processo de moralização
corporativa no país. Mas ontem
mesmo algumas questões já pesavam sobre a indicação do executivo para o Tesouro.
A CSX, empresa ferroviária da
qual Snow era presidente, foi uma
das principais doadoras da campanha de Bush. Além disso, a
companhia se beneficiou no passado de ajuda do governo.
Assim como O'Neill, que era
acionista da empresa que presidia, a Alcoa, Snow detém 2% das
ações da CSX. No ano passado, recebeu US$ 10,1 milhões em comissões, numa prática que tem sido condenada depois da eclosão
dos escândalos contábeis.
Outro ponto controverso é a associação de Snow ao Augusta National Golf Club. O clube, onde
ocorrem os torneios Masters de
golfe, é alvo de críticas porque não
aceita mulheres como sócias.
Snow chefiou o processo de desregulamentação das ferrovias
quando trabalhava no Departamento de Transportes, durante o
governo de Geral Ford, na década
de 1970. Mais tarde, a CSX seria
uma das principais beneficiadas
pela abertura do setor.
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