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CRISE NO AR
Companhia consegue empréstimo de US$ 1,5 bi com bancos e continua a operar; quebra é a maior da aviação
United pede concordata, mas segue voando
DA REDAÇÃO
A UAL Corporation, controladora da United Airlines, anunciou ontem seu pedido de concordata. Com US$ 24,2 bilhões em
ativos, torna-se a maior companhia aérea e a sétima maior empresa norte-americana a fazê-lo.
Só para comparar, a segunda
maior concordata do setor, a da
US Airways, tinha US$ 7,7 bilhões
em ativos quando fez o pedido,
em agosto deste ano.
A United confirmou que conseguiu um financiamento de US$
1,5 bilhão com um grupo de bancos -Citigroup, JP Morgan, CIT
Group e BankOne. Os três primeiros devem dar US$ 300 milhões, e
o BankOne, US$ 600 milhões.
Os novos recursos darão à empresa condições de continuar funcionando durante a concordata,
mas será preciso mais dinheiro
para tirá-la do buraco. Glenn Tilton, presidente da United, disse
ontem que analisaria a possibilidade de vender alguns ativos da
empresa.
A Lufthansa, parceira alemã da
United, pode entrar nos planos de
reestruturação da companhia.
Mas, enquanto a United diz que a
empresa alemã pode ter participação acionária, a Lufthansa se limita a afirmar que está estudando
maneiras de ajudar.
Em nota divulgada ontem, a
United afirmou que os serviços
devem continuar normalmente e
que todas as passagens aéreas são
válidas.
Corte de salários
Se para os consumidores nada
muda por enquanto, não se pode
afirmar o mesmo da situação de
funcionários e fornecedores.
Entre as medidas previstas na
reestruturação está o corte de salários, que deverá ser, em média,
de 11% sobre a base anual de pagamento. "Temos afirmado há algum tempo que reduzir os custos
trabalhistas é um componente
crítico de nosso esforço de recuperação e precisará ser implementado tão logo quanto possível", disse Tilton.
A companhia, que é em parte
controlada por seus funcionários,
afirmou que iniciará discussões
nesta semana com os líderes de
seus sindicatos. A idéia é chegar a
um acordo sobre como os funcionários irão contribuir no controle
de custos da empresa.
American
A American Airlines, maior
companhia aérea do mundo, não
escapa da crise no setor e tenta entrar em acordo com funcionários.
A empresa propõe o congelamento do salário dos funcionários. Essa é uma das medidas para tentar
cortar entre US$ 3 bilhões e US$ 4
bilhões em custos e estancar as
perdas que atingem a companhia.
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