São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Ações da Eletropaulo puxam queda, a maior em um mês; projeções para juros sobem, risco-país cai

Com giro de R$ 334,8 mi, Bolsa cai 2,17%

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um dia de más notícias nos cenários interno e externo, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 2,17%, aos 10.338 pontos. Foi a maior queda em um dia da Bovespa em um mês.
O giro financeiro foi bastante pequeno -o mercado de ações doméstico movimentou apenas R$ 334,842 milhões.
A notícia de que United Airlines pediu concordata influenciou na queda das Bolsas americanas.
"Com o mercado lá fora ruim do jeito que estava, não havia como a Bovespa subir", afirma Luiz Antonio Vaz das Neves, da corretora Planner.
Além disso, para intensificar a tensão, houve a notícia de que a Eletropaulo decidiu propor aos acionistas a suspensão do pagamento de dividendos e lucro sobre o capital, no valor de R$ 156 milhões, referentes a 2001. As ações preferenciais da companhia caíram 5,7%.
A maior queda do dia foi a da ação preferencial da AES Elpa, controladora da Eletropaulo, que teve baixa de 7,7%.
As ações da Embratel fecharam com boa valorização. A alta foi de 2,6% no papel ordinário e de 2,5% no preferencial.
Continuam fortes os rumores no mercado de que haverá a formação de um consórcio de telecomunicações que irá assumir o controle da companhia.
A expectativa para a divulgação da equipe econômica do governo Lula continua presente. Alguns analistas avaliaram que o fato de o nome do novo presidente do Banco Central não ter sido divulgado no fim de semana, como muitos esperavam, ajudou a piorar o humor do mercado.
O consenso é que, quanto mais tempo o PT demorar para divulgar o nome do escolhido para o cargo, crescerá o espaço para especulações com o câmbio, de um lado. De outro, as operações com ações tendem a ser reduzidas, adaptando-se ao ritmo de compasso de espera do mercado.

BM&F
As projeções para os juros no mercado futuro voltaram a subir. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos para abril de 2003, que reúnem o maior número de negócios, passaram de 26,76% para 27,04% ao ano.
Na contramão dos outros mercados, o risco-país brasileiro passou por um ajuste e caiu 1,9%, fechando em 1.646 pontos.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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