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Centrais pedem a correção do IR
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical, as
duas principais sindicais do país,
decidiram pressionar o governo
para corrigir a tabela do Imposto
de Renda. A Força vai entrar hoje
com uma ação civil pública pedindo a correção imediata. A
CUT fez manifestação e passeata
ontem na via Anchieta, em São
Bernardo do Campo, para exigir o
reajuste.
A Força vai pedir à Justiça Federal em Brasília uma liminar para
garantir a correção imediata da
tabela em 25,5%. Esse percentual
equivale à variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), no período de janeiro
de 2002 a dezembro de 2003.
"Se o governo não corrigir a tabela e não elevar o limite de isenção [hoje de R$ 1.058], vai promover um confisco", diz Eleno Bezerra, presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo.
No ABC paulista, cerca de 2.000
metalúrgicos da unidade da Ford
de São Bernardo fizeram passeata
ontem pela manhã, interrompendo o trânsito na via Anchieta. A
manifestação foi realizada pelo
Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC e pela CUT.
Segundo o sindicato, apesar da
chuva, o protesto teve a adesão de
metalúrgicos de mais três montadoras -Volks, DaimlerChrysler
(Mercedes-Benz) e Scania.
Parecer
O senador José Jorge (PFL-PE)
apresentou ontem à Comissão de
Assuntos Econômicos do Senado
Federal parecer favorável à correção da tabela em 22,87%. O senador é o relator do projeto do governo, alterado na Câmara, que
mantém a alíquota de 27,5% da
tabela nos próximos dois anos.
José Jorge disse que o seu parecer é uma "homenagem" ao relatório do deputado Antônio Cambraia (PSDB-CE), que tentou a
mesma correção na Câmara dos
Deputados.
"Isso é aumento de imposto na
veia", criticou o senador em relação à manutenção das atuais faixas de renda pelo governo.
Para o senador, o governo poderá ter mais dificuldades em
aprovar no Senado o projeto que
veio da Câmara porque a votação
da reforma da Previdência foi
mais apertada naquele plenário.
Sem o projeto, a alíquota máxima
cairia para 25% a partir de janeiro.
O governo conseguiu a prorrogação por mais dois anos.
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