São Paulo, quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

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2009 criará 1,3 milhão de vagas, diz Lula

Sergio Lima/Folha Imagem
Lula, Dilma Rousseff (Casa Civil) e Luciano Coutinho (BNDES), na última reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Itamaraty

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Entusiasmado com os indicadores do Brasil e com as perspectivas para a economia em 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva previu, ontem, que 2009 fechará com 1,3 milhão de vagas criadas.
Em discurso durante a última reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Lula, ao mesmo tempo em que recomendou que, no governo, se contivesse a euforia com a recuperação no pós-crise, não conteve o entusiasmo.
O presidente afirmou que o total de empregos gerados em novembro será recorde e que, em 2010, a tendência é haver um número ainda maior. "No ano em que o presidente Obama [Barack Obama, dos EUA] está comemorando a diminuição da queda de emprego, vamos comemorar a criação de mais de 1,3 milhão. Com viés de alta em 2010."
A previsão do presidente para este ano supera em 200 mil vagas a projeção do ministro Carlos Lupi (Trabalho), já considerada extremamente otimista. Isso porque dezembro é tradicionalmente um período de elevadas demissões, cerca de 300 mil.
A expectativa do ministro é que as dispensas de trabalhadores em dezembro deste ano fiquem em cerca de 200 mil, abaixo, portanto, da média histórica. Se assim for, considerando que entre janeiro e outubro foi gerado 1,163 milhão de vagas no mercado de trabalho, será necessário que, em novembro, o saldo de contratações seja positivo em 337 mil, para que a previsão de Lula se confirme.
Esse número, porém, está muito acima da média verificada no mês de novembro, que é inferior a 100 mil vagas. Mesmo que o país atinja o número projetado por Lula, a geração será inferior ao 1,4 milhão registrado em 2008.

Medo da crise
A confiança do presidente no aumento do emprego está na retomada dos investimentos privados, sobretudo os que "não tiveram medo da crise". Ele disse que chegou a ligar pessoalmente para sindicalistas, recomendando que estimulassem os trabalhadores a consumir. Lula ainda citou o caso da Embraer, que demitiu 4.000 em fevereiro.


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