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POLÍTICA ECONÔMICA
Entidades criticam governo
Fiesp e sindicatos pedem mudanças
da Agência Folha
A Fiesp e as duas principais centrais sindicais do país, Força Sindical e CUT, vão iniciar um movimento para pressionar deputados
estaduais e federais por uma mudança na política econômica.
Ontem, o presidente da Fiesp,
Horácio Lafer Piva, se encontrou
com sindicalistas para conseguir
apoio para esse movimento.
"Queremos fazer Brasília se
aproximar do Brasil real", afirmou
Piva. "Acreditávamos que o governo iria baixar os juros, mas com o
aumento da TJLP, notamos que o
governo tem um sentido de urgência contrário ao nosso", disse o
presidente da Fiesp.
Segundo ele, é preciso tomar mediadas rápidas como baixar os juros, diminuir a carga tributária e
dar acesso ao crédito para que as
indústrias voltem a produzir, a
economia volte a crescer e o desemprego pare de aumentar.
O presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo e da
Força Sindical, Paulo Pereira da
Silva, o Paulinho, apóia o que a
Fiesp tem chamado de "pacto pela
produção". "A equipe econômica
nos parece insensível e o Gustavo
Franco se comporta como um coronel da economia", disse o sindicalista se referindo ao presidente
do Banco Central. "Brasília está
completamente fora da realidade
do desemprego. Precisamos sensibilizar esses coronéis da equipe
econômica", disse Paulinho. As
centrais e a Fiesp vão tentar marcar uma reunião com deputados,
estaduais e federais, em São Paulo,
para o próximo dia 21.
Paulinho disse que rejeita o cargo de ministro do Trabalho. Ele
confirmou que vem sendo sondado para ocupar a pasta. "Algumas
pessoas me perguntaram se eu
queria fazer parte da equipe do governo, mas prefiro ficar na rua do
Carmo, 171, que é o endereço do
Sindicato dos Metalúrgicos. Não
quero ser ministro".
O presidente da Fiesp defende a
criação do Ministério da Produção. "Para nós é fundamental a
criação desse ministério", disse.
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