France Press

Pessoas esperam para comprar dólares em uma casa de câmbio

da Redação

O Equador, que enfrenta a pior crise em 70 anos, decidiu dolarizar sua economia. Desde ontem, um dólar passou a valer oficialmente 25 mil sucres.
A medida foi anunciada no domingo à noite pelo presidente Jamil Mahuad em pronunciamento na TV, em meio a fortes rumores de golpe militar. O Banco Central equatoriano se opõe à medida, o que cria mais instabilidade política.
Com a dolarização, Mahuad pretende deter a forte desvalorização da moeda e o aumento da inflação, que chegou a mais de 60% no ano passado. O FMI enviou uma missão ao país.
O sucre encerrou o dia com alta de 0,1% em relação ao fechamento da sexta-feira. O mercado local reclama que ainda há poucas informações sobre a implementação do plano.
Nos EUA, a dolarização do Equador foi considerada como caso isolado. Em Londres, analistas disseram que a decisão terá pouco ou nenhum efeito na América Latina.
No Brasil, a mudança cambial no Equador foi recebida com reservas por especialistas. A medida levanta mais suspeitas que certezas e deve reacender a discussão em torno da adoção da dolarização. No mercado de títulos da dívida externa, a decisão não provocou turbulência. A maioria dos papéis fechou com ligeira alta. Os C-Bonds, principais e mais negociados papéis da dívida brasileira, subiram 0,14%.


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