EDUARDO CUCOLO
da Reportagem Local

As taxas de cartório para cobrança da relação de protestos no Estado de São Paulo tiveram um aumento de 3.000% no início deste ano.
A mudança surpreendeu as entidades que prestam serviços de apoio à concessão de crédito no Estado, a Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) e a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
É por meio desses dados que o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) fornece informações ao comércio para a abertura de crédito.
O aumento faz parte da Lei 10.199/98, de autoria do deputado estadual Roque Barbieri. A lei foi vetada pelo governador Mário Covas em agosto de 99, mas a Assembléia Legislativa derrubou o veto no final do ano.
A ACSP, que pagava R$ 4.000 por mês para os dez cartórios da capital, está pagando agora R$ 120 mil. O preço da certidão individual nos dez cartórios subiu de R$ 0,89 para R$ 4,59 em janeiro deste ano.
Segundo a ACSP, o aumento também atinge as pessoas que precisam comprovar sua idoneidade na praça.
"A estratégia da ACSP é entrar com uma liminar contra essas lei, que prejudica todas pessoas que necessitam de informações sobre protestos e créditos e eleva o nível de inadimplência" afirma Aranha.

Surpresa
Segundo o diretor-secretário do Instituto de Protestos, Francisco Filomeno, o novo valor das tarifas também surpreendeu os cartório. "Nós estamos nos reunindo para estudar uma solução para o problema. Provavelmente houve um erro nos valores publicados pela lei. Nós também somos contra esse aumento", afirma Filomeno.
Procurado pela Folha, o deputado estadual Roque Barbieri não foi encontrado em seu gabinete até o fechamento desta edição.


Texto Anterior: Mercado financeiro:Bovespa tem maior alta desde novembro
Próximo Texto: Preços: Embratel aumenta tarifas de DDI e DDD
Índice