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TRIBUTAÇÃO
MP estaria ferindo emenda da Constituição
OAB vai à Justiça derrubar medida provisória do Imposto de Renda
DA REDAÇÃO E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil) vai contestar na Justiça
a medida provisória que corrige a
tabela do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) e eleva a CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) das empresas prestadoras de serviços.
Segundo o presidente da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar, a entidade vai ajuizar uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade junto ao
(STF) Supremo Tribunal Federal
antes do final do mês.
Um dos pontos da MP considerados frágeis é o aumento de
1,08% para 2,88% da alíquota da
CSLL dos prestadores de serviços.
"Na prática, é um confisco discriminatório e a Constituição não
permite que se eleja uma categoria como contribuinte", diz Aidar.
No entender da OAB, a MP sequer poderia ter sido emitida porque atropela a emenda constitucional que alterou os critérios para emissão de MPs em setembro
do ano passado.
Pelas novas regras, o governo
não pode editar medidas provisórias sobre matérias votadas no
Congresso Nacional, ainda que
pendentes de sanção ou veto.
"O governo faria melhor se revogasse a MP", diz a advogada tributarista Elisabeth Libertuci.
Também possível questionar
judicialmente o prazo para a entrada em vigor da correção da tabela do Imposto de Renda, avalia
Libertuci.
O contribuinte pode tentar conseguir a correção de 17,5% em
2002. Pela MP, o reajuste só vale
para 2003, o que na prática representa uma redução de 4% neste
ano, diz Libertuci.
Fazenda
Uma manobra na medida provisória que trata da correção da
tabela do Imposto de Renda da
Pessoa Física pode tornar permanente a alíquota de 27,5%, que seria reduzida para 25% a partir de
janeiro de 2003, segundo interpretação de congressistas.
A lei que criou a alíquota de
27,5% -resultado de um adicional de 10% sobre a alíquota de
25% instituído em 1997, em consequência do ajuste fiscal baixado
depois da crise asiática- não foi
revogada. No entanto, a alíquota
de 27,5% está no texto da medida
provisória que, ao ser aprovada,
tornaria o índice permanente,
avaliam os congressistas.
"Essa foi mais uma malandragem incluída de última hora na
MP", afirmou o deputado Benito
Gama (PMDB-BA).
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