São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

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UE também discute a compra de ativos "podres" de bancos

DA REDAÇÃO

No mesmo dia em que o governo norte-americano anunciou que irá comprar ativos "podres" de instituições financeiras, os ministros das Finanças dos 27 países que compõem a União Europeia chegaram a um acordo para coordenar o modo como vão lidar com os papéis problemáticos de bancos, um dos motivos que levaram ao atual congelamento no mercado de financiamento.
Os ministros afirmaram, em comunicado, que eles precisam de "uma ação coordenada para garantir um campo de jogo uniforme e impedir distorções entre os bancos". Com essa declarações, eles sinalizam que não querem que se repita o que aconteceu no final do ano passado, com cada governo europeu apresentando o seu plano de ajuda aos bancos.
A Comissão Europeia (o braço executivo do bloco) prometeu publicar nas próximas semanas as diretrizes sobre quais ativos de bancos devem ser garantidos e como eles devem ser avaliados. Essas diretrizes devem dar uma série de opções para os governos, que poderão escolher a melhor alternativa para tentar resolver os problemas do seu sistema financeiro.
Mas a proposta já é alvo de críticas. Para o ministro das Finanças alemão, Peer Steinbrueck, os órgãos reguladores do bloco e alguns governos estão sendo muito rígidos, insistindo em que apenas os bancos que estiverem com problemas graves poderão receber dinheiro estatal para a compra de ativos problemáticos. O colega holandês, Wouter Bos, manifestou opinião parecida, dizendo que existe "um consenso crescente de que seria errado limitar isso [a ajuda] aos bancos em dificuldades agudas".
Ao garantirem possíveis perdas ou adquirem ativos "podres", os governos pretendem fazer com que as instituições financeiras retomem o financiamento às famílias e às empresas, dando condições para que a economia volte a crescer.


Com agências internacionais


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