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Após registrar perdas, UBS decide fechar 2.000 vagas
No Reino Unido, Royal Bank of Scotland cortará 2.300
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O UBS, maior banco da Suíça,
anunciou ontem que irá fechar
2.000 postos de trabalho neste
ano, após registrar perdas de
8,1 bilhões de francos suíços
(US$ 7 bilhões) no quarto trimestre de 2008 em decorrência das operações para se livrar
de ativos podres.
O prejuízo foi maior do que o
estimado por analistas. No ano
passado, as perdas chegam a
19,7 bilhões de francos suíços
(US$ 17,03 bilhões).
Em resposta ao resultado negativo, o UBS decidiu separar
sua área de gestão de fortunas
em duas unidades, uma voltada
para as Américas e a outra para
a Suíça e demais países. O banco informou que foi capaz de
atrair fluxo de capital em janeiro e que deve voltar a registrar
lucratividade neste ano.
"O UBS teve um começo de
ano encorajador", disse a jornalistas o executivo-chefe do banco, Marcel Rohner. "Entretanto, as condições dos mercados
financeiros continuam frágeis,
uma vez que os fluxos de caixa
continuam a se deteriorar.
Nosso cenário de curto prazo
continua sendo de cautela",
afirmou o executivo.
O banco suíço está encolhendo sua área de banco de investimento, onde se concentraram
as maiores perdas, ao cortar
milhares de postos de trabalho.
Com as mudanças estruturais,
o UBS volta a focar no núcleo
de suas atividades na Suíça, a
divisão de gestão de fortunas.
Essa operação é a maior do tipo
no mundo.
O banco planeja agora cortar
sua força de trabalho na área de
investimento para 15 mil, ante
17.171 em dezembro.
As ações do UBS chegaram a
subir 7% ontem após o anúncio
das medidas, mas perderam a
força e fecharam com valorização de 2,95%. Rohner afirmou
que a instituição não pagará dividendos sobre 2008.
RBS
O RBS (Royal Bank of Scotland) disse ontem que pretende fechar até 2.300 empregos,
ou cerca de 2% de seu pessoal
no Reino Unido.
O banco já havia anunciado
3.000 demissões em outubro
passado e afirmou que espera
perdas entre 7 bilhões e 8 bilhões de libras (de US$ 10,2 bilhões a US$ 11,7 bilhões).
O executivo-chefe do banco,
Alan Dickinson, disse que os
cortes foram necessários para
operar com maior eficiência
em meio à crise global.
"O RBS iniciou um processo
de consultas sobre uma reestruturação que poderá levar a
uma redução de até 2.300 empregos", afirmou o banco por
meio de comunicado.
O banco já recebeu injeção de
US$ 35 bilhões do governo britânico.
Com agências internacionais
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