São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

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Após registrar perdas, UBS decide fechar 2.000 vagas

No Reino Unido, Royal Bank of Scotland cortará 2.300

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O UBS, maior banco da Suíça, anunciou ontem que irá fechar 2.000 postos de trabalho neste ano, após registrar perdas de 8,1 bilhões de francos suíços (US$ 7 bilhões) no quarto trimestre de 2008 em decorrência das operações para se livrar de ativos podres.
O prejuízo foi maior do que o estimado por analistas. No ano passado, as perdas chegam a 19,7 bilhões de francos suíços (US$ 17,03 bilhões).
Em resposta ao resultado negativo, o UBS decidiu separar sua área de gestão de fortunas em duas unidades, uma voltada para as Américas e a outra para a Suíça e demais países. O banco informou que foi capaz de atrair fluxo de capital em janeiro e que deve voltar a registrar lucratividade neste ano.
"O UBS teve um começo de ano encorajador", disse a jornalistas o executivo-chefe do banco, Marcel Rohner. "Entretanto, as condições dos mercados financeiros continuam frágeis, uma vez que os fluxos de caixa continuam a se deteriorar. Nosso cenário de curto prazo continua sendo de cautela", afirmou o executivo.
O banco suíço está encolhendo sua área de banco de investimento, onde se concentraram as maiores perdas, ao cortar milhares de postos de trabalho. Com as mudanças estruturais, o UBS volta a focar no núcleo de suas atividades na Suíça, a divisão de gestão de fortunas. Essa operação é a maior do tipo no mundo.
O banco planeja agora cortar sua força de trabalho na área de investimento para 15 mil, ante 17.171 em dezembro.
As ações do UBS chegaram a subir 7% ontem após o anúncio das medidas, mas perderam a força e fecharam com valorização de 2,95%. Rohner afirmou que a instituição não pagará dividendos sobre 2008.

RBS
O RBS (Royal Bank of Scotland) disse ontem que pretende fechar até 2.300 empregos, ou cerca de 2% de seu pessoal no Reino Unido.
O banco já havia anunciado 3.000 demissões em outubro passado e afirmou que espera perdas entre 7 bilhões e 8 bilhões de libras (de US$ 10,2 bilhões a US$ 11,7 bilhões).
O executivo-chefe do banco, Alan Dickinson, disse que os cortes foram necessários para operar com maior eficiência em meio à crise global.
"O RBS iniciou um processo de consultas sobre uma reestruturação que poderá levar a uma redução de até 2.300 empregos", afirmou o banco por meio de comunicado.
O banco já recebeu injeção de US$ 35 bilhões do governo britânico.


Com agências internacionais


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