São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

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Europa afirma que pode vetar ajuda do governo francês para as montadoras

DA REDAÇÃO

A Comissão Europeia (o braço do bloco de 27 países que regula se as ajudas dos governos distorcem a competição) ameaçou declarar ilegal o plano da França de ajuda às montadoras. Segundo o organismo, as condições estabelecidas pelo governo de Nicolas Sarkozy podem infringir as regras da UE.
Pelo acordo, o grupo PSA Peugeot-Citroën e a Renault vão receber, cada um, empréstimo de 3 bilhões (US$ 3,9 bilhões) do governo francês depois de se comprometerem a manter a produção e os empregos no país. Outras montadoras também devem receber a ajuda do plano estatal de 7,8 bilhões (aproximadamente US$ 10 bilhões).
"Existem sinais de que as montadoras serão obrigadas a manter os seus centros de produção na França como uma condição para a ajuda governamental", afirmou o porta-voz da Comissão Europeia, Jonathan Todd. "A comissão não vai autorizar ajuda que se incline a minar o mercado único."
Segundo o porta-voz, se existirem medidas que questionem o mercado único, o risco será que a atual recessão seja muito pior, "podendo até se tornar uma depressão como nos anos 1930". Todd disse que o organismo europeu enviou carta ao governo francês pedindo mais detalhes sobre o programa para as montadoras.
Pelas regras do mercado único da União Europeia, os governos não podem favorecer as empresas do seu próprio país na concessão de cortes de impostos ou empréstimos em condições mais favoráveis, entre outras medidas. Quaisquer condições que violem essas regras vão "tornar a ajuda ilegal e não serão toleradas pela comissão", de acordo com o porta-voz do órgão.


Com a Bloomberg


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