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Europa afirma que pode vetar ajuda do governo francês para as montadoras
DA REDAÇÃO
A Comissão Europeia (o braço do bloco de 27 países que regula se as ajudas dos governos
distorcem a competição) ameaçou declarar ilegal o plano da
França de ajuda às montadoras. Segundo o organismo, as
condições estabelecidas pelo
governo de Nicolas Sarkozy podem infringir as regras da UE.
Pelo acordo, o grupo PSA
Peugeot-Citroën e a Renault
vão receber, cada um, empréstimo de 3 bilhões (US$ 3,9 bilhões) do governo francês depois de se comprometerem a
manter a produção e os empregos no país. Outras montadoras também devem receber a
ajuda do plano estatal de 7,8
bilhões (aproximadamente
US$ 10 bilhões).
"Existem sinais de que as
montadoras serão obrigadas a
manter os seus centros de produção na França como uma
condição para a ajuda governamental", afirmou o porta-voz
da Comissão Europeia, Jonathan Todd. "A comissão não vai
autorizar ajuda que se incline a
minar o mercado único."
Segundo o porta-voz, se existirem medidas que questionem
o mercado único, o risco será
que a atual recessão seja muito
pior, "podendo até se tornar
uma depressão como nos anos
1930". Todd disse que o organismo europeu enviou carta ao
governo francês pedindo mais
detalhes sobre o programa para as montadoras.
Pelas regras do mercado único da União Europeia, os governos não podem favorecer as
empresas do seu próprio país
na concessão de cortes de impostos ou empréstimos em
condições mais favoráveis, entre outras medidas. Quaisquer
condições que violem essas regras vão "tornar a ajuda ilegal e
não serão toleradas pela comissão", de acordo com o porta-voz do órgão.
Com a Bloomberg
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