São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

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Dilma critica demissões "além do que a crise justificaria"

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fazendo coro ao colega Carlos Lupi (Trabalho), a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) criticou na noite de anteontem o que classificou de demissões "além do que seria justificável" na esteira da crise. Diante disso, o governo priorizaria agora investimentos e desonerações que resultem na manutenção ou criação de empregos.
Dilma participou de reunião fechada com integrantes do Diretório Nacional do PT. A versão sobre o que a ministra falou em seus 40 minutos de discurso foi publicada no site do PT e dita à Folha por petistas que participaram do encontro.
Segundo o site do PT, Dilma reclamou dos cortes "além do que seria justificável". Participantes da reunião destacaram que a ministra afirmou que o Planalto priorizará setores em que avalie que a ajuda resultará em um grau maior de manutenção ou criação de vagas. A assessoria da Casa Civil não respondeu à Folha até a conclusão desta edição.
Lupi tem defendido que as desonerações ou financiamentos governamentais tenham como condicionante a manutenção do emprego. A área econômica do governo, entretanto, vê dificuldades para colocar isso em prática.
Dilma teria dito que "um governo excepcional aproveita as oportunidades da crise" e defendeu a opção do governo de não vender bancos públicos. "A reação [à crise], nos primeiros momentos só foi possível porque o governo tinha quatro bancos [que usou para elevar a oferta de crédito]."
Ontem, o Diretório Nacional do PT aprovou resolução em que defende a atuação do governo em relação à crise, mas critica a política de juros do Banco Central. O texto, que não havia sido divulgado até o fim desta edição, incluiria grande parte dos argumentos usados por Dilma.


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