RICARDO GRINBAUM
da Reportagem Local

Apesar da queda na produção de carros no Brasil, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai manter o investimento conjunto com a siderúrgica alemã Thyssen Krupp Stahl para produção de chapas para a indústria automobilística dos países do Mercosul.
O projeto, que prevê investimento de US$ 250 milhões, foi detalhado ontem em encontro entre os diretores das siderúrgicas e representantes das montadoras. A nova indústria, chamada GalvaSud, será construída na cidade de Porto Real, no Rio de Janeiro.
O terreno onde ficará a GalvaSud já está sendo terraplanado e a previsão é que a obra fique pronta em novembro do ano 2000.
"A GalvaSud atingirá plena produção em 2003, quando o mercado automobilístico já estará recuperado. Até lá, as montadoras devem fabricar 2,5 milhões de carros por ano", disse o diretor executivo da empresa, Ricardo Brito.
A nova indústria produzirá 350 mil toneladas de material galvanizado por ano, que tem sido cada vez mais usado na carroceria dos carros por sofrer menos corrosão. Na Europa, 80% da carroceria dos carros é feita com chapas galvanizadas, enquanto no Brasil a média ainda é de 35%.
A CSN também concluiu as negociações com a mexicana IMSA Acero para construir uma unidade em Araucária, no Paraná, com investimento de US$ 325 milhões. Também está em andamento o projeto da Companhia Siderúrgica do Ceará (CSC), para produção de 1,2 milhão de toneladas de aços planos por ano.
Em 1998, a siderúrgica teve lucro recorde, de R$ 464,4 milhões, 3,1% superior ao de 1997. A produção ficou praticamente estável, 4,859 milhões de toneladas, 1% abaixo de 1997.
Cerca de 27% das vendas da CSN foram destinadas ao mercado externo. As exportações geraram receita bruta de R$ 498 milhões, 7% menor do que em 1997. O faturamento no mercado interno foi de R$ 2,37 bilhões.


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