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COMÉRCIO EXTERIOR
Presidente fala em multiplicar os esforços; Calabi aponta reação no crédito
FHC quer apoio total às exportações
da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que,
se o Brasil não aumentar as exportações, não terá condições de superar as dificuldades econômicas.
"Daqui por diante, pela força das
circunstâncias, ou o Brasil multiplica seu esforço exportador ou
não terá condições de superar as
dificuldades que são de conhecimento público. Nós vamos multiplicar o esforço exportador", disse
FHC.
Ele discursou ontem no Palácio
do Planalto durante cerimônia de
lançamento do programa "Parceria & Mercado", que tem como objetivo estimular as parcerias entre
empresas e assentamentos agrícolas.
Na ocasião, FHC cobrou do diretor estratégico da Coca-Cola no
Brasil, Jack Corrêa, mais esforço
da empresa para exportar.
"Recebi com satisfação esse desafio. Já estamos transformando
nossa fábrica em Manaus em unidade de exportação. Já vendemos
para a Venezuela, Colômbia e Paraguai", afirmou Corrêa.
O presidente do Banco do Brasil,
Andrea Calabi, disse ontem que a
retomada das exportações brasileiras após a desvalorização do real
já pode ser medida pelo volume
das operações de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) e
de ACE (Adiantamento de Contrato de Exportação) realizadas pela
instituição.
Segundo Calabi, essas operações
subiram de US$ 242 milhões em janeiro (quando o real começou a ser
desvalorizado) para US$ 518 milhões em fevereiro. Ou seja: um
crescimento de 114% em um mês.
Apesar do crescimento, o BB já
operou com volumes maiores. Em
outubro do ano passado, as operações somaram US$ 792 milhões,
recorde para a instituição.
De acordo com o relatório divulgado ontem pelo presidente do BB
na Câmara dos Deputados, as micro e pequenas empresas foram
responsáveis por US$ 117 milhões
em contratos de ACC e ACE em fevereiro (ou 22,58% de todas essas
operações no mês passado).
O relatório mostra que 65% de
todos esses contratos já realizados
pelo BB foram feitos por grandes
empresas, mas eles só representaram 15% das exportações apoiadas
por esse mecanismo.
Já as pequenas e médias empresas contrataram 35% do volume de
recursos e realizaram 85% das exportações.
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