São Paulo, Quinta-feira, 11 de Março de 1999
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COMÉRCIO EXTERIOR
Presidente fala em multiplicar os esforços; Calabi aponta reação no crédito
FHC quer apoio total às exportações

da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que, se o Brasil não aumentar as exportações, não terá condições de superar as dificuldades econômicas.
"Daqui por diante, pela força das circunstâncias, ou o Brasil multiplica seu esforço exportador ou não terá condições de superar as dificuldades que são de conhecimento público. Nós vamos multiplicar o esforço exportador", disse FHC.
Ele discursou ontem no Palácio do Planalto durante cerimônia de lançamento do programa "Parceria & Mercado", que tem como objetivo estimular as parcerias entre empresas e assentamentos agrícolas.
Na ocasião, FHC cobrou do diretor estratégico da Coca-Cola no Brasil, Jack Corrêa, mais esforço da empresa para exportar.
"Recebi com satisfação esse desafio. Já estamos transformando nossa fábrica em Manaus em unidade de exportação. Já vendemos para a Venezuela, Colômbia e Paraguai", afirmou Corrêa.
O presidente do Banco do Brasil, Andrea Calabi, disse ontem que a retomada das exportações brasileiras após a desvalorização do real já pode ser medida pelo volume das operações de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) e de ACE (Adiantamento de Contrato de Exportação) realizadas pela instituição.
Segundo Calabi, essas operações subiram de US$ 242 milhões em janeiro (quando o real começou a ser desvalorizado) para US$ 518 milhões em fevereiro. Ou seja: um crescimento de 114% em um mês.
Apesar do crescimento, o BB já operou com volumes maiores. Em outubro do ano passado, as operações somaram US$ 792 milhões, recorde para a instituição.
De acordo com o relatório divulgado ontem pelo presidente do BB na Câmara dos Deputados, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por US$ 117 milhões em contratos de ACC e ACE em fevereiro (ou 22,58% de todas essas operações no mês passado).
O relatório mostra que 65% de todos esses contratos já realizados pelo BB foram feitos por grandes empresas, mas eles só representaram 15% das exportações apoiadas por esse mecanismo.
Já as pequenas e médias empresas contrataram 35% do volume de recursos e realizaram 85% das exportações.


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