FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa paulista operou em alta durante todo o pregão de ontem, impulsionada pelo dia positivo no mercado acionário internacional, especialmente o norte-americano. Com a valorização de 2,23%, a Bovespa voltou a fechar acima dos 15 mil pontos.
Depois de encerrar os meses de fevereiro e março com perdas acumuladas, o Ibovespa -índice que reflete o comportamento das 56 ações mais negociadas- apresenta alta de 4,22% neste mês.
O volume negociado aumentou expressivamente em relação ao dos últimos pregões. Foram movimentados R$ 681 milhões, giro 46% maior que o do dia anterior.
Os mais de 31 mil negócios realizados ilustra bem o dia animado na Bolsa teve. Em março, a média diária foi de 24,8 mil transações.
"Um fato importante foi que ontem não houve nenhum indicador ou notícia que prejudicasse o movimento positivo", afirma Wagner de Andrade, diretor da corretora Supra.
A forte valorização de 6,09% da Nasdaq -Bolsa eletrônica em que se negociam os papéis de alta tecnologia- impulsionou o setor que é mais influenciado por suas oscilações no mercado doméstico, que é o de telecomunicações.
A maior alta do dia foi das ações preferenciais da Telemig Participações, que subiram 9,9%. O papel Tele Celular Sul também teve alta bastante expressiva, de 6,9%.
Andrade lembra que a valorização do setor de telecomunicações no mercado europeu também ajudou a dar fôlego ao setor por aqui.
Já os papéis preferenciais da Tele Leste Celular lideraram as perdas e encerraram os negócios com baixa de 3,8%.
A queda era esperada pelo mercado, pois anteontem os papéis tiveram valorização de 16,7% e é normal que depois de uma alta forte alguns investidores se desfaçam do papel no dia seguinte, o que derruba seus preços.
A Bovespa não fechava acima dos 15 mil pontos desde o dia 16 do mês passado. Mas mesmo com a alta, uma carteira teórica igual ao Ibovespa ainda está no vermelho. Um investidor que apostou nesse tipo de aplicação tem perdas acumuladas de 1,39% neste ano.


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