São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

Venda da moeda por exportadores e tesourarias de bancos faz cotação fechar em R$ 2,138

Volume maior faz dólar recuar 0,97%

DA REPORTAGEM LOCAL

O preço do dólar comercial encerrou os negócios com desvalorização de 0,97%. A moeda norte-americana terminou os negócios vendida a R$ 2,138.
O recuo no valor do dólar foi atribuído ao aumento de recursos de exportadores levados ao mercado e à mudança de posições de tesourarias bancárias, que venderam parte dos dólares que mantinham.
O alívio no mercado de câmbio ontem também foi influenciado pelas altas das Bolsas, que ajudaram a melhorar o humor dos investidores.
O diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, afirma que algumas instituições financeiras venderam dólares ontem para aproveitarem a cotação que está em um nível bastante elevado.
O dólar foi negociado em baixa durante todo o dia e fechou próximo da cotação mínima (R$ 2,135).
Mesmo com o recuo, a valorização do dólar neste ano continua expressiva (9,6%).
No mês, a cotação do dólar em relação ao real passou a ficar em baixa, de 0,74%.
O leilão de títulos públicos pós-fixados (LFTs, Letras Financeiras do Tesouro) realizado pelo Tesouro Nacional não trouxe surpresas para o mercado. Foi vendido R$ 1,5 bilhão em papéis.
Os títulos públicos prefixados (LTNs, Letras do Tesouro Nacional) não foram vendidos ontem novamente.
Esses papéis não têm sido negociados pelo governo devido à maior instabilidade do mercado nas últimas semanas.
As projeções dos juros dos contratos negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F) voltaram a recuar.
No contrato DI (juro interbancário) mais negociado, com prazo em outubro, a taxa caiu de 18,53% para 18,23%.
Mesmo com a baixa, as taxas ainda projetam a expectativa do mercado de uma nova alta da Selic (juros básicos da economia) na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima semana.
A taxa do contrato de prazo mais curto, o DI de maio, que projeta os juros no período, ainda está acima da atual Selic (15,75% ao ano). Ontem, a taxa fechou o dia em 16,23%.
(FABRICIO VIEIRA)


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