FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) determinou o bloqueio dos bens de 15 ex-diretores da Unimed São Paulo em cumprimento à legislação dos planos de saúde. A operadora está sob intervenção desde dezembro do ano passado e pode ser liquidada caso não apresente um plano para saldar sua dívida, estimada em R$ 85 milhões.
A nova lei dos planos de saúde determina o bloqueio de bens dos diretores das empresas que estão sob regime de intervenção, como é o caso da Unimed São Paulo.
A medida atinge apenas os diretores que estão há mais de 12 meses nas empresas. Entre os executivos que tiveram os bens bloqueados estão Edmundo Castilho, ex-presidente da Unimed São Paulo e da Unimed Brasil, e Aldo Francisco Schmidt, ex-superintendente. Os dois estavam à frente da Unimed São Paulo havia quase 23 anos.

Dívida de R$ 85 milhões
Os ex-diretores saíram da Unimed São Paulo deixando uma dívida de R$ 85 milhões, segundo auditoria feita pela ANS.
Segundo a decisão da ANS, os ex-diretores estão proibidos de movimentar contas bancárias e de vender bens móveis e imóveis.
O bloqueio de bens está relacionado à criação de uma diretoria técnica e fiscal, que funciona como uma intervenção branca, em dezembro de 2000 na operadora.
Durante a intervenção, um técnico da ANS fica responsável pelo monitoramento da situação financeira do plano.

Recuperação
Segundo o novo presidente Unimed São Paulo, Cid Carvalhaes, a operadora "luta agora para recuperar os recursos utilizados de forma duvidosa" pela antiga diretoria para pagar dívidas e restabelecer a rede credenciada".
Desde que assumiu a Unimed, em janeiro deste ano, Carvalhaes disse que a operadora conseguiu "repatriar" 20 mil usuários.
São os clientes que tinham sido orientados a usar os serviços de outras operadoras no auge da crise da Unimed São Paulo.


Texto Anterior: Medicina de grupo: Planos devem informar saída de médicos
Próximo Texto: Pecuária: Vaca nelore é vendida por R$ 490 mil
Índice