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Braskem quer investir US$ 1,5 bi na Bolívia
DA FRANCE PRESSE, EM LA PAZ
DA FOLHA ONLINE
A Braskem está disposta a investir US$ 1,5 bilhão na construção de três instalações petroquímicas na Bolívia, afirmou ontem o vice-presidente
de Desenvolvimento de Projetos da petroquímica brasileira,
Roberto Ramos.
Segundo o executivo, as conversas com o governo boliviano
nesse sentido já foram iniciadas. Ramos indicou que a intenção de desenvolver megaprojetos na Bolívia, como os
que vem desenvolvendo na Venezuela, foi comunicada ao ministro dos Hidrocarbonetos,
Carlos Villegas.
O executivo da Braskem, filial da brasileira Odebrecht, informou que existe a possibilidade de construir três unidades
-duas de polietileno e uma de
etileno-, mas o lugar ainda não
foi decidido.
O projeto original, que data
de 2000, menciona a zona fronteiriça de Puerto Suárez, no extremo leste da Bolívia, como região para a execução do megaprojeto, mas Ramos garantiu
que o tema será parte da discussão.
O Ministério boliviano dos
Hidrocarbonetos informou,
por sua vez, que no prazo de um
mês voltará a se reunir com a
Braskem para dar continuidade às conversas iniciadas.
As três instalações petroquímicas que a empresa planeja
construir vão requerer "cerca
de 5 milhões de m3 diários de
gás", afirmou Ramos, destacando que os aspectos técnicos
para viabilizar o projeto dependerão do grau de avanço do diálogo com o governo boliviano.
A Braskem, uma das maiores
petroquímicas da América Latina, se associou à venezuelana
Pequiven, filial da PDVSA, para
formar duas empresas petroquímicas (etileno e polipropileno) no estado de Anzoátegui
(300 km a leste de Caracas),
onde se refina petróleo extrapesado da Faixa do Orinoco.
Pedido
No último dia 2 de maio o
presidente da Bolívia, Evo Morales, assinou 44 novos contratos com petrolíferas e consolidou a nacionalização do gás e
petróleo anunciada há um ano.
Na cerimônia, Morales pediu
investimentos das empresas
estrangeiras. O boliviano, no
entanto, reforçou que as petrolíferas "já não são patrões".
Apesar de dizer que uma "nova história" começou no país,
Morales pediu que as empresas
façam investimentos. Segundo
ele, se a Bolívia fosse um país
com recursos, não precisaria de
"sócios" para explorar suas riquezas naturais.
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