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Pacote deve estimular feirão de imóveis
Temporada de feirões da Caixa Econômica para compra da casa própria começa na quinta-feira e vai até 21 de junho
Feira ocorre em dez cidades
e, em São Paulo, será entre
os dias 21 e 24; nos cinco
eventos iniciais, serão
ofertados 109 mil imóveis
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
O programa "Minha Casa,
Minha Vida", a partir do qual o
governo federal pretende viabilizar a construção de 1 milhão
de moradias, deve atrair mais
interessados neste ano aos feirões da Caixa Econômica Federal, que acontecem a partir de
quinta-feira e vão até 21 de junho em dez cidades. Nos cinco
primeiros estarão disponíveis
109 mil imóveis, incluindo usados, novos e em construção.
Em 2008, o evento movimentou R$ 4 bilhões, considerando os 39 mil contratos fechados e encaminhados durante os eventos.
Segundo Bernadete Coury,
superintendente nacional de
Habitação do banco, a expectativa é superar esses números,
mas ela não informou meta de
crescimento. A previsão de empréstimos de R$ 27 bilhões para todo o ano foi mantida, mesmo com o financiamento recorde de R$ 10 bilhões até abril,
dobrando o valor referente ao
mesmo período de 2008. Em
unidades (96,6 mil), a alta foi de
114%. Se for necessário, acrescentou, o banco vai buscar alocação de mais recursos.
No Rio, será possível escolher entre mais de 66 mil imóveis. Em São Paulo, serão oferecidos 93,5 mil na Grande São
Paulo. De acordo com a superintendente nacional, o público
é diversificado e há opções com
valor superior a R$ 500 mil.
Vale lembrar que, em março,
o Conselho Monetário Nacional aumentou o valor máximo,
de R$ 350 mil para R$ 500 mil,
dos imóveis que podem ser financiados com recursos da
conta individual de cada trabalhador no FGTS.
Os imóveis dos feirões têm financiamento de até 100% pela
Caixa, com pagamento em, no
máximo, 30 anos com recursos
da poupança ou do FGTS. Nesse último caso, a moradia deve
estar avaliada em até R$ 130
mil nas regiões metropolitanas
e a renda do trabalhador não
pode ultrapassar R$ 4.900.
Para se enquadrar no "Minha
Casa, Minha Vida", o teto é de
R$ 4.650. Entre as facilidades
do programa iniciado em 13 de
abril, o mutuário pode ficar até
36 meses sem pagar a prestação
se ficar desempregado e não há
cobrança de seguro, além de redução nos custos cartoriais.
A construção civil foi um dos
setores escolhidos pelo governo federal para reaquecer a
economia em meio à crise
mundial. Com o "Minha Casa,
Minha Vida", a meta é construir um milhão de unidades
para famílias com renda mensal de até dez salários mínimos,
dos quais 600 mil por meio de
financiamento com a Caixa,
com recursos do FGTS, para
quem recebe acima de três salários mínimos.
Os últimos dados da Abecip,
associação que reúne as entidades que operam com recursos
da poupança, apontam crescimento de 8,1% em valores financiados (R$ 5,9 bilhões) e de
1,8% em unidades (55.797) no
primeiro trimestre ante igual
período do ano passado.
O coordenador do Centro de
Estudos em Finanças da FGV,
William Eid Júnior, alerta os
consumidores que se empolgarem com o sonho da casa própria a "não saírem correndo
atrás da primeira oferta que
aparecer". "A grande recomendação é fazer conta", ressalta.
Além de avaliar se a prestação vai caber no orçamento pelo prazo do financiamento,
principalmente para quem está
comprando imóveis em construção e vai continuar a pagar
aluguel, o professor sugere
"olhar tudo", o que inclui meios
de transporte, comércio local,
escolas, condições de segurança, opções de lazer e até conversar com os vizinhos para se certificar de que está fazendo realmente um bom negócio.
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