São Paulo, segunda, 11 de maio de 1998

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SUPERMERCADOS
Abras decreta o fim das feiras e sacolões

Presidente da entidade faz previsão nos EUA
FÁTIMA FERNANDES
Monique Cabral/Folha Imagem
Paulo Feijó, presidente da Abras, afirma que sacolões e feiras livres estão com os dias contados


enviada especial aos EUA

As feiras livres e sacolões estão com os dias contados no Brasil. A tendência é de os supermercados e os hipermercados ampliarem cada vez mais as seções de hortifrútis e assim levar o consumidor para dentro das lojas e tirá-lo das ruas.
Essa é a avaliação de Paulo Feijó, presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), ao participar da FMI (Food Marketing Institute), feira da indústria de alimentos, que ocorreu em Chicago na semana passada.
Feijó chegou a essa conclusão depois de observar na feira as novas tecnologias que estão à disposição dos supermercadistas para acondicionar estes produtos nas lojas.
Segundo ele, "até hoje feiras e sacolões só sobrevivem no país pois não pagam impostos". E, prossegue, "seria impossível estes equipamentos sofisticados serem colocados nas ruas."
o presidente da FMI, Timothy Hammonbs, disse que os grupos americanos não têm interesse em investir no Brasil.
De acordo com ele, são os grupos europeus que têm maior interesse em operar no Brasil
Feijó concorda com a análise ao afirmar que os supermercadistas brasileiros copiam o modelo europeu de supermercado, mas, ainda assim, acha que da mesma forma que o Wal-Mart está no país outras redes dos EUA poderão chegar.
Feijó afirmou que a Abras e a Apas (Associação Paulista dos Supermercados) estão preparando uma pesquisa para definir e identificar os tipos de lojas do setor que existem no Brasil.
Com o estudo na mão, disse, será mais fácil traçar estratégias de operação.


A jornalista FÁTIMA FERNANDES viajou aos EUA a convite da Abras.



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