São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 2006

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Sindicato das aéreas e TAM rebatem críticas de empresa candidata à Varig

DA REPORTAGEM LOCAL

O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) e a TAM rebateram as afirmações do presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, de que a companhia e a Gol querem dominar o mercado e por isso criticam, via sindicato, a venda da ex-subsidiária para a Volo.
No Brasil, aéreas não podem ter mais de 20% de participação estrangeira, e o sindicato acusa a Volo de ser "laranja" do fundo americano Matlin Patterson. A VarigLog agora quer comprar a Varig, e Audi, em entrevista publicada ontem na Folha, afirmou que as críticas são decorrentes do fato de Anchieta Hélcias, do Snea, ser "diretor de relações" da TAM.
"Não sou do corpo diretivo da TAM. Sou consultor da companhia. Ninguém pode ser do Snea sem ter um vínculo com companhias aéreas", rebateu Hélcias. "Essa posição [de que a Volo tem maioria de capital estrangeiro] não é minha. É a posição da assembléia geral do Snea realizada em 20 de dezembro. Fui denominado diretor delegado para coordenar essa questão", completa.
Hélcias disse ainda que a proposta da VarigLog pela Varig, criticada pela administradora judicial da aérea, a Deloitte, mostra que a intenção da ex-subsidiária ao manifestar interesse pela empresa foi só conseguir aprovação da sua venda para a Volo pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Já a TAM divulgou nota na qual informa que o Snea reúne 16 empresas associadas e que foi reconhecido como sindicato representante das companhias em 1941. "A atual diretoria, eleita pelos associados, tem representantes da Varig nos cargos de presidente e de diretor tesoureiro", diz o texto.
A companhia afirmou ainda que Hélcias foi eleito para representar o sindicato em assembléia e que ele não faz parte do corpo diretivo da TAM.
Segundo o texto divulgado pela TAM, sua margem Ebitdar (lucro antes dos juros, impostos, depreciações, amortizações e leasing) em 2005 foi de 20,2%. Em entrevista, Audi disse que as grandes aéreas brasileiras não querem mais concorrência, e por isso lutam contra a proposta da VarigLog, e que o Brasil é o único país no qual uma empresa aérea tem mais de 30% de margem Ebitdar.


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