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Sindicato das aéreas e TAM rebatem críticas de empresa candidata à Varig
DA REPORTAGEM LOCAL
O Snea (Sindicato Nacional
das Empresas Aéreas) e a TAM
rebateram as afirmações do
presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, de que a companhia e a Gol querem dominar
o mercado e por isso criticam,
via sindicato, a venda da ex-subsidiária para a Volo.
No Brasil, aéreas não podem
ter mais de 20% de participação estrangeira, e o sindicato
acusa a Volo de ser "laranja" do
fundo americano Matlin Patterson. A VarigLog agora quer
comprar a Varig, e Audi, em entrevista publicada ontem na
Folha, afirmou que as críticas
são decorrentes do fato de Anchieta Hélcias, do Snea, ser "diretor de relações" da TAM.
"Não sou do corpo diretivo da
TAM. Sou consultor da companhia. Ninguém pode ser do
Snea sem ter um vínculo com
companhias aéreas", rebateu
Hélcias. "Essa posição [de que a
Volo tem maioria de capital estrangeiro] não é minha. É a posição da assembléia geral do
Snea realizada em 20 de dezembro. Fui denominado diretor delegado para coordenar
essa questão", completa.
Hélcias disse ainda que a proposta da VarigLog pela Varig,
criticada pela administradora
judicial da aérea, a Deloitte,
mostra que a intenção da ex-subsidiária ao manifestar interesse pela empresa foi só conseguir aprovação da sua venda
para a Volo pela Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil).
Já a TAM divulgou nota na
qual informa que o Snea reúne
16 empresas associadas e que
foi reconhecido como sindicato
representante das companhias
em 1941. "A atual diretoria,
eleita pelos associados, tem representantes da Varig nos cargos de presidente e de diretor
tesoureiro", diz o texto.
A companhia afirmou ainda
que Hélcias foi eleito para representar o sindicato em assembléia e que ele não faz parte
do corpo diretivo da TAM.
Segundo o texto divulgado
pela TAM, sua margem Ebitdar
(lucro antes dos juros, impostos, depreciações, amortizações e leasing) em 2005 foi de
20,2%. Em entrevista, Audi disse que as grandes aéreas brasileiras não querem mais concorrência, e por isso lutam contra a
proposta da VarigLog, e que o
Brasil é o único país no qual
uma empresa aérea tem mais
de 30% de margem Ebitdar.
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