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OUTRO LADO
Arrendatária e porto negam irregularidade
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor Comercial e de
Desenvolvimento da Codesp, Fabrizio Pierdomênico, disse à Folha que a estatal não fez licitação pública
para arrendar a área em disputa porque ela seria mais
produtiva anexada às áreas
de concessão da Santos Brasil.
""Trata-se de uma área pequena, a maior parte tomada
por mangue, incrustada entre dois terminais. Concluímos que, se ela fosse anexada às áreas da Santos Brasil,
seria duas vezes mais produtiva para o porto do que se
fosse transformada em um
cais isolado", afirmou.
Segundo Pierdomênico,
pelo porto de Santos escoam
27% da balança comercial do
país. ""É o metro quadrado
mais importante do comércio exterior, e só se tem eficácia com ganho de escala",
afirmou.
A estatal alega que o aditivo é justificável pelo fato de a
Santos Brasil ter adquirido a
concessão, em 1997, por licitação pública. Por fim, diz
que a Libra lhe deve R$ 400
milhões da licitação realizada em 1997.
Santos Brasil
Já o presidente do Conselho de Administração da
Santos Brasil, Richard Klien,
em nota enviada à Folha,
afirmou que: 1) a concessão
da área não foi feita em caráter definitivo; 2) foi aprovada, além da Codesp, pela Antaq (Agência Nacional de
Transportes Aquaviários) e
pelo Ministério dos Transportes; 3) o termo assinado
entre a empresa e a Codesp
determina que deverá ser
efetuada uma licitação futura do terminal; 4) a opção pela cessão temporária foi motivada pela urgência da indústria automobilística, interessada em aumentar a exportação de veículos.
Além disso, segundo a nota, a Santos Brasil (do grupo
Opportunity, do banqueiro
Daniel Dantas) deverá realizar R$ 120 milhões em investimentos, que deverão ser
anexados ao patrimônio público sem custo extra para o
Estado ao final do arrendamento (daqui a 17 anos).
Por fim, Klein observou
que a empresa só aceitou o
adensamento da nova área
depois de obter pareceres jurídicos de consultores externos.
Pierdomênico disse ainda
que vários pontos do contrato foram negociados em favor da Codesp: a Santos Brasil concordou em bancar os
custos do Iarrima (estudo do
impacto ambiental e impacto social das obras) e a pagar
aluguel desde já pela nova
área, quando o usual é que o
repasse seja feito apenas depois de as novas instalações
entrarem em funcionamento.
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