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Com projeção menor para inflação, juro futuro recua
Investidor já considera queda de 0,5 ponto na taxa básica
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda na expectativa para
o IPCA em 2006 derrubou os
juros futuros. O movimento
mostra que aumentou a parcela
das instituições financeiras que
crêem na possibilidade de a taxa básica de juros ser reduzida
de 15,25% para 14,75% na próxima semana.
A pesquisa semanal do Banco
Central divulgada ontem, realizada com cerca de cem instituições, mostrou que a média das
expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) acumulado no ano caiu
de 4,22% há um mês para 3,81%
agora.
Como o BC utiliza a variação
do IPCA para monitorar sua
meta de inflação -que para
2006 é de 4,5%-, quanto menos risco houver para seu cumprimento, maiores as chances
de os juros serem reduzidos.
O Copom (Comitê de Política
Monetária) vai se reunir na
próxima semana, entre os dias
18 e 19, para decidir a nova taxa
Selic. Há uma semana, a esmagadora maioria dos analistas
esperava que o Copom cortasse
a taxa básica dos atuais 15,25%
para 15%.
O pregão de ontem da BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros) repercutiu a mudança na
expectativa do mercado, e as taxas futuras caíram em todos os
contratos.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim
deste mês, a taxa recuou de
14,99% na quinta-feira passada
para 14,94% ontem. No contrato com vencimento no fim do
ano, a taxa caiu de 14,64% para
14,56% no período.
Bolsa
A Bolsa de Valores de São
Paulo viveu um pregão bem
apático, com só R$ 1,09 bilhão
em negócios -menos da metade da média diária de 2006-
sendo movimentado ontem.
O Ibovespa, principal índice
do mercado local, registrou pequena alta de 0,11%.
Os papéis preferenciais da
Cesp foram um dos poucos destaques do dia e subiram 1,81%,
refletindo o detalhamento, por
parte da empresa, da oferta pública de ações que realizará em
breve.
O dólar, após bater em R$
2,169 (baixa de 0,60%), fechou
estável, vendido a R$ 2,182.
A atuação do Banco Central,
que comprou montante estimado em US$ 300 milhões, de
dez instituições, fez com que o
real perdesse força diante da
moeda norte-americana.
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