São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Com projeção menor para inflação, juro futuro recua

Investidor já considera queda de 0,5 ponto na taxa básica

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A queda na expectativa para o IPCA em 2006 derrubou os juros futuros. O movimento mostra que aumentou a parcela das instituições financeiras que crêem na possibilidade de a taxa básica de juros ser reduzida de 15,25% para 14,75% na próxima semana.
A pesquisa semanal do Banco Central divulgada ontem, realizada com cerca de cem instituições, mostrou que a média das expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado no ano caiu de 4,22% há um mês para 3,81% agora.
Como o BC utiliza a variação do IPCA para monitorar sua meta de inflação -que para 2006 é de 4,5%-, quanto menos risco houver para seu cumprimento, maiores as chances de os juros serem reduzidos.
O Copom (Comitê de Política Monetária) vai se reunir na próxima semana, entre os dias 18 e 19, para decidir a nova taxa Selic. Há uma semana, a esmagadora maioria dos analistas esperava que o Copom cortasse a taxa básica dos atuais 15,25% para 15%.
O pregão de ontem da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) repercutiu a mudança na expectativa do mercado, e as taxas futuras caíram em todos os contratos.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim deste mês, a taxa recuou de 14,99% na quinta-feira passada para 14,94% ontem. No contrato com vencimento no fim do ano, a taxa caiu de 14,64% para 14,56% no período.

Bolsa
A Bolsa de Valores de São Paulo viveu um pregão bem apático, com só R$ 1,09 bilhão em negócios -menos da metade da média diária de 2006- sendo movimentado ontem.
O Ibovespa, principal índice do mercado local, registrou pequena alta de 0,11%.
Os papéis preferenciais da Cesp foram um dos poucos destaques do dia e subiram 1,81%, refletindo o detalhamento, por parte da empresa, da oferta pública de ações que realizará em breve.
O dólar, após bater em R$ 2,169 (baixa de 0,60%), fechou estável, vendido a R$ 2,182.
A atuação do Banco Central, que comprou montante estimado em US$ 300 milhões, de dez instituições, fez com que o real perdesse força diante da moeda norte-americana.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Mittal diz que não vai comprar ações da Arcelor Brasil
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.