São Paulo, segunda, 11 de agosto de 1997.



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IMÓVEIS
Empreendedores investem R$ 440 milhões em projetos comerciais
Rio vive novo boom imobiliário na Barra

MÁRIO MOREIRA
da Sucursal do Rio

Depois dos hipermercados e shopping centers, a Barra da Tijuca, bairro predominantemente de classes média alta e alta da zona sul do Rio, começa a receber agora grandes centros empresariais.
O bairro, a cerca de 30 km do centro do Rio, vive um boom de prédios comerciais de salas e escritórios. Só os quatro maiores empreendimentos envolvem R$ 440 milhões em investimentos.
Os empreendedores justificam a mobilização desse grande volume de recursos com a certeza de que o elevado poder aquisitivo do morador médio da Barra -que abriga a chamada sociedade "emergente" do Rio- garantirá o retorno.
Eles acreditam que o bairro se transformará, em pouco tempo, numa alternativa dos empresários ao centro da cidade.
Também é considerado fundamental o fato de a Barra dispor de espaço para grandes construções, o que não existe em outros bairros.
"A proliferação de condomínios residenciais na Barra para pessoas de alto poder aquisitivo, nos últimos anos, não foi acompanhada de um número correspondente de salas comerciais e escritórios", afirma Sérgio Goldberg, diretor da Agenco.
A empresa é a responsável pela construção do Città America, lançado pelo Banco Opportunity no início de julho e que já tem 90% de suas 780 salas vendidas.
O Downtown, primeiro grande centro de salas e escritórios da Barra, será entregue em maio. Na época do lançamento, em novembro de 95, foram vendidas 760 unidades (do total de 1.423) em 13 dias.
"Achamos que levaríamos um ano para vender tudo, mas foi muito rápido", afirma José Soares, diretor imobiliário da São Marcos, empreendedora do Downtown.
O grupo Multiplan vai lançar, até o fim do ano, o Centro Empresarial da Barra. Marcelo Barnes, gerente de projetos do Multiplan, acha que o Plano Real permitiu a formação de um grande público investidor em imóveis comerciais.
O quarto grande empreendimento do gênero previsto para a Barra é o Office Park, da construtora AC Lobato. O público-alvo são as grandes empresas, segundo a gerente imobiliária da AC Lobato. O Santa Mônica Comercial, da Brascan, será erguido no último lote disponível do condomínio Santa Mônica, num investimento de R$ 5,5 milhões.
O novo empreendimento é definido como um "centrinho comercial" pelo vice-presidente da Brascan Imobiliária, Marcos Levy.
O The Best, da São Fernando Patrimonial, terá como diferencial o alto luxo das 120 salas, segundo José Koury, presidente da empresa. O investimento é de R$ 12 milhões.
Já o Open Mall, empreendimento de R$ 10 milhões da Cymbal Engenharia, incluirá, além das 112 salas, 92 lojas, 3 cinemas e 1 teatro.
Marcos Cymbal, diretor da empresa, acredita que o grande número de centros comerciais na Barra pode gerar uma "saturação momentânea".
Além de novos centros empresariais, a Barra é alvo atualmente de grandes empreendimentos voltados para o lazer.
O maior é a Terra Encantada, parque temático que envolve um investimento de US$ 220 milhões do grupo Esta, que será inaugurado em outubro.
O diretor-executivo da Terra Encantada, Danilo Rocha, disse que espera a visita de 3,5 milhões de pessoas por ano.
Outro empreendimento temático será o Barra World Shopping, misto de shopping center e parque de lazer com inspiração turística.



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