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IMÓVEIS
Empreendedores investem R$ 440 milhões em projetos comerciais
Rio vive novo boom
imobiliário na Barra
MÁRIO MOREIRA
da Sucursal do Rio
Depois dos hipermercados e
shopping centers, a Barra da Tijuca, bairro predominantemente de
classes média alta e alta da zona sul
do Rio, começa a receber agora
grandes centros empresariais.
O bairro, a cerca de 30 km do
centro do Rio, vive um boom de
prédios comerciais de salas e escritórios. Só os quatro maiores empreendimentos envolvem R$ 440
milhões em investimentos.
Os empreendedores justificam a
mobilização desse grande volume
de recursos com a certeza de que o
elevado poder aquisitivo do morador médio da Barra -que abriga a
chamada sociedade "emergente"
do Rio- garantirá o retorno.
Eles acreditam que o bairro se
transformará, em pouco tempo,
numa alternativa dos empresários
ao centro da cidade.
Também é considerado fundamental o fato de a Barra dispor de
espaço para grandes construções,
o que não existe em outros bairros.
"A proliferação de condomínios
residenciais na Barra para pessoas
de alto poder aquisitivo, nos últimos anos, não foi acompanhada
de um número correspondente de
salas comerciais e escritórios",
afirma Sérgio Goldberg, diretor da
Agenco.
A empresa é a responsável pela
construção do Città America, lançado pelo Banco Opportunity no
início de julho e que já tem 90% de
suas 780 salas vendidas.
O Downtown, primeiro grande
centro de salas e escritórios da Barra, será entregue em maio. Na época do lançamento, em novembro
de 95, foram vendidas 760 unidades (do total de 1.423) em 13 dias.
"Achamos que levaríamos um
ano para vender tudo, mas foi
muito rápido", afirma José Soares,
diretor imobiliário da São Marcos,
empreendedora do Downtown.
O grupo Multiplan vai lançar, até
o fim do ano, o Centro Empresarial da Barra. Marcelo Barnes, gerente de projetos do Multiplan,
acha que o Plano Real permitiu a
formação de um grande público
investidor em imóveis comerciais.
O quarto grande empreendimento do gênero previsto para a
Barra é o Office Park, da construtora AC Lobato. O público-alvo
são as grandes empresas, segundo
a gerente imobiliária da AC Lobato. O Santa Mônica Comercial, da
Brascan, será erguido no último
lote disponível do condomínio
Santa Mônica, num investimento
de R$ 5,5 milhões.
O novo empreendimento é definido como um "centrinho comercial" pelo vice-presidente da Brascan Imobiliária, Marcos Levy.
O The Best, da São Fernando Patrimonial, terá como diferencial o
alto luxo das 120 salas, segundo José Koury, presidente da empresa.
O investimento é de R$ 12 milhões.
Já o Open Mall, empreendimento de R$ 10 milhões da Cymbal Engenharia, incluirá, além das 112 salas, 92 lojas, 3 cinemas e 1 teatro.
Marcos Cymbal, diretor da empresa, acredita que o grande número de centros comerciais na
Barra pode gerar uma "saturação
momentânea".
Além de novos centros empresariais, a Barra é alvo atualmente de
grandes empreendimentos voltados para o lazer.
O maior é a Terra Encantada,
parque temático que envolve um
investimento de US$ 220 milhões
do grupo Esta, que será inaugurado em outubro.
O diretor-executivo da Terra Encantada, Danilo Rocha, disse que
espera a visita de 3,5 milhões de
pessoas por ano.
Outro empreendimento temático será o Barra World Shopping,
misto de shopping center e parque
de lazer com inspiração turística.
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