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MERCADO FINANCEIRO
Volume negociado na Bovespa ultrapassou R$ 1 bi; ações da estreante foram as mais procuradas
Bradespar dá mais fôlego para a Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
No seu primeiro dia na Bovespa, as ações da Bradespar registraram o maior número de negócios fechados na Bolsa paulista e
ajudaram a dar mais fôlego para
o mercado.
O volume negociado na Bovespa foi de R$ 1,161 bilhão, bem superior, por exemplo, à média diária de R$ 622 milhões registrada
no mês passado.
Ontem, 3.359 negócios envolvendo papéis da Bradespar foram
fechados na Bolsa. As ações preferenciais da empresa tiveram o
quinto maior giro financeiro, que
totalizou R$ 32 milhões.
A Bradespar é o braço não-financeiro do Bradesco e tem participação acionária em empresas
como a Vale do Rio Doce e a Globo Cabo.
As ações da companhia foram
lançadas com preço unitário de
R$ 0,91, baseado no valor patrimonial da empresa, de R$ 993
milhões. As ações fecharam em
R$ 1,39.
Para Nicolas Balafas, diretor de
renda variável do BNP Asset Management, as ações não devem
manter o desempenho de ontem.
Mas, mesmo assim, devem ter
uma razoável participação na
Bolsa. "Logo elas devem entrar
no Índice Bovespa", afirma.
A Bovespa subiu 1,82%, puxada
pelos papéis da Petrobras, que
dispararam e subiram 14,97%
(leia texto na página B 9).
Nem a votação da questão dos
expurgos inflacionários sobre as
contas do FGTS, retomada ontem no Supremo Tribunal Federal, abalou a Bolsa.
Segundo Marcos Mollica, economista-chefe da Linear Investimentos, o mercado já espera por
uma derrota do governo. Por isso, mesmo que o caso traga volatilidade no curtíssimo prazo, não
deve prejudicar a recuperação da
Bovespa daqui para a frente.
Mollica cita várias boas notícias
que devem puxar a recuperação
do mercado: a tendência de queda dos juros praticados no Brasil,
a maior tranquilidade do cenário
político e a bem-sucedida emissão de Global Bonds de 40 anos,
concluída ontem.
Apesar do fraco desempenho
registrado pelas Bolsas dos Estados Unidos -em especial pela
Nasdaq, que caiu 2,43%-, os
C-Bonds, puxados pela troca pelos Global Bonds, subiram 0,50%
e foram cotados a US$ 0,7588
-maior cotação desde março.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
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