São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2000


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MERCADO FINANCEIRO
Volume negociado na Bovespa ultrapassou R$ 1 bi; ações da estreante foram as mais procuradas
Bradespar dá mais fôlego para a Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

No seu primeiro dia na Bovespa, as ações da Bradespar registraram o maior número de negócios fechados na Bolsa paulista e ajudaram a dar mais fôlego para o mercado.
O volume negociado na Bovespa foi de R$ 1,161 bilhão, bem superior, por exemplo, à média diária de R$ 622 milhões registrada no mês passado.
Ontem, 3.359 negócios envolvendo papéis da Bradespar foram fechados na Bolsa. As ações preferenciais da empresa tiveram o quinto maior giro financeiro, que totalizou R$ 32 milhões.
A Bradespar é o braço não-financeiro do Bradesco e tem participação acionária em empresas como a Vale do Rio Doce e a Globo Cabo.
As ações da companhia foram lançadas com preço unitário de R$ 0,91, baseado no valor patrimonial da empresa, de R$ 993 milhões. As ações fecharam em R$ 1,39.
Para Nicolas Balafas, diretor de renda variável do BNP Asset Management, as ações não devem manter o desempenho de ontem. Mas, mesmo assim, devem ter uma razoável participação na Bolsa. "Logo elas devem entrar no Índice Bovespa", afirma.
A Bovespa subiu 1,82%, puxada pelos papéis da Petrobras, que dispararam e subiram 14,97% (leia texto na página B 9).
Nem a votação da questão dos expurgos inflacionários sobre as contas do FGTS, retomada ontem no Supremo Tribunal Federal, abalou a Bolsa.
Segundo Marcos Mollica, economista-chefe da Linear Investimentos, o mercado já espera por uma derrota do governo. Por isso, mesmo que o caso traga volatilidade no curtíssimo prazo, não deve prejudicar a recuperação da Bovespa daqui para a frente.
Mollica cita várias boas notícias que devem puxar a recuperação do mercado: a tendência de queda dos juros praticados no Brasil, a maior tranquilidade do cenário político e a bem-sucedida emissão de Global Bonds de 40 anos, concluída ontem.
Apesar do fraco desempenho registrado pelas Bolsas dos Estados Unidos -em especial pela Nasdaq, que caiu 2,43%-, os C-Bonds, puxados pela troca pelos Global Bonds, subiram 0,50% e foram cotados a US$ 0,7588 -maior cotação desde março.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)


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