DA REUTERS

O ex-vice-diretor-gerente do FMI Stanley Fischer avalia que, sozinho, o pacote de socorro do FMI não será suficiente para resolver a crise brasileira. Para Fischer, a crise brasileira tem componentes políticos e a condição para superá-la será a continuidade das reformas econômicas pelo governo que será eleito em outubro.
As afirmações seriam publicada na edição de hoje do jornal alemão "Frankfurter Allgemeine", que ontem antecipou um resumo da entrevista. Segundo esse resumo, Fischer diz que os investidores estão preocupados porque um dos mais fortes candidatos às eleições presidenciais teria sugerido que o Brasil poderia não pagar o serviço da dívida externa. Ele, no entanto, não teria dito a qual candidato se refere.
Vice-diretor-gerente do Fundo de 1994 a 2001, Fischer foi o articulador dos empréstimos que somaram US$ 41 bilhões negociados com o Brasil no final de 1998.
Na entrevista, Fischer disse também que a Argentina deve iniciar as reformas que o FMI pede há meses, entre elas um acordo sustentável entre o governo central e as Províncias.


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